PF bloqueia R$ 7 milhões de grupo envolvido com tráfico internacional
Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (6), a PF (Polícia Federal) revelou que foram bloqueados R$ 7 milhões de reais das contas de grupo criminoso envolvido com tráfico internacional de drogas e que atuava no aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.
De acordo com o delegado da PF de Campinas, Edson Geraldo de Souza, atuação da quadrilha era divida em grupos, o primeiro tratava com investidores e traficantes de fora, além de ser responsável pelo aliciamento de trabalhadores do aeroporto. O segundo eram os empregados aeroportuários, e o terceiro os traficantes em solo europeu, responsáveis pela retirada da cocaína.
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No entanto, outro grupo, que atuava em Mato Grosso, era responsável pela lavagem de dinhero da organização, e foi lá que a PF se voltou para apreensão da quantia milionária. As investigações estimam que cada ação do grupo de criminosos envolviam seis pessoas, cada uma recebendo cerca de R$ 50 mil, ou seja, o custo de cada operação girava em torno de R$ 300 mil.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso não trabalhava somente para os proprietários da droga. “Eles estavam abertos a prestar esse serviço (de transporte de cocaína para o exterior) para qualquer tipo de traficante. No último ano houve aumento no aliciamento de funcionários, estavam expandindo”, explicou o delegado da PF de Campinas.
“Eles montaram uma empresa de logística e ofereciam esse serviço. Era um despachante de cocaína, fomentando a expansão do tráfico de drogas”, emendou.
A PF permaneceu sem esclarecer as circunstancias das duas mortes que ocorreram durante o andamento da operação, mas afirmou que os inquéritos policiais já foram instaurados. Um dos que vieram a óbito já havia sido preso por homicídio e roubo, já o segundo não tinha passagem pela polícia.
Ao todo, mais de 200 policiais federais, 80 policiais militares e 6 policiais civis participam do cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária, em 4 estados do país. Entre os investigados presos, 33 são homens e 2 são mulheres.