Search
Close this search box.

Proibidos de visitas, presos estão há 7 meses sem contato com parentes

Compartilhe

Divulgação/UNIcom

Proibidos de visitas, presos estão há 7 meses sem contato com parentes


A pandemia da covid-19 trouxe um impacto ainda mais perverso para os presos no Brasil: a proibição das visitas e do apoio oferecido por familiares, o que tem ocasionado apreensão nos parentes dos detentos.

Para amparar essas pessoas, que em muitos casos estão há até sete meses sem notícias e impossibilitadas de ajudar o ente querido que está encarcerado, o programa social Universal nos Presídios (UNP) realizará neste domingo (11) mais um “Dia da Visitação”, levando apoio a 15 mil famílias de detentos, em todo o país.

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada em 29 de setembro apontou que 34% das famílias das pessoas presas em São Paulo enfrentam dificuldades para se alimentar, enquanto 69% afirmaram estar sem qualquer informação ou contato com o parente preso desde o início da epidemia da covid-19. Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) indicam que a população carcerária brasileira é de cerca de 773 mil pessoas – a 3ª maior do mundo.

Atualmente, alguns estabelecimentos prisionais permitem visitas controladas e chamadas virtuais.

Além da ausência de contato, sem as visitas, os presos também estão impossibilitados de receber o “jumbo” — nome que os encarcerados dão ao pacote com os produtos de higiene e alimentos enviado pelas famílias.

Sem notícias, sem comida

De acordo com Clodoaldo Rocha, responsável pela UNP, “as ações neste momento de pandemia foram intensificadas para minimizar os impactos negativos a essas pessoas”.

“Temos um cadastro, onde nós conseguimos acompanhar e dar um suporte com cesta básica, produtos de higienização, kits básicos para envio aos presídios. Uma vez por mês, no ‘Dia da Visitação’ nossos voluntários conversam com essas pessoas para dar um novo ânimo a elas”, explica Clodoaldo. Na ação deste domingo (11), véspera do Dia das Crianças, 85 mil brinquedos também serão doados.

O “Dia da Visitação” já beneficou mais de 100 mil famílias.

“Desde março estou impedida de visitar meu marido. A UNP tem vindo em minha casa e tem sido maravilhoso. Eles me motivam e ajudam a suprir minhas necessidades com as doações de alimento e de materiais de higiene. É um trabalho muito importante que é feito, de acompanhar os familiares dos presos”, avalia a Rosa (nome fictício), auxiliar de cozinha de 34 anos, casada com um detento do presídio de Hortolândia (SP).

A UNP é um programa social mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus, e que visa a ressocialização dos detentos e o amparo dos familiares dos encarcerados. Apenas em 2019, as ações da UNP beneficiaram 1,7 milhão pessoas.

Divulgação/UNIcom
Fonte: R7

Mais Notícias de BRASIL

Curta O Rolo Notícias nas redes sociais:
Compartilhe!

PUBLICIDADE