Pedro Sampaio: “A minha identidade está na produção e não na voz”
Pedro Sampaio participou do podcast Pop Story , apresentado por Zeca Camargo , e falou sobre o seu processo de criação, sua amizade com Dennis DJ e as vozes que ele admira.
Em um dia normal, Pedro acordou às 8h, e não sabia a surpresa que viria horas depois. “Foi aquela coisa bem inspiradora de início de dia. Fiz um remix muito rápido de alguns segundos e postei. Deu 1h de post e a Cardi B tinha retweetado, e a galera começou a pedir o remix completo” , conta o artista, que começou a entrevista já relembrando esse feito do mês passado.
Como receita de seu sucesso, ele conta que gosta de brincar de fazer música, e é com isso que a galera se identifica. “Brinco com meu timbre, cada música tem a voz que pede. A minha identidade está na produção e não na voz” , diz Pedro, e completa revelando artistas que admira o tom, sendo eles: Vanessa da Mata, Gilberto Gil, Alceu Valença e Pitbull.
Aproveitando que estava falando em pessoas que admira, contou o quanto Dennis DJ foi importante para o início de sua carreira. “Fui pra Porto Seguro na minha formatura, e levei meu pen drive. Ia ter show do Dennis, que sou fã. Consegui falar com ele e ele me indicou para tocar em uma pool party no meu hotel. Eu como passageiro toquei para outros passageiros, e, um ano depois, a empresa estava me contratando como atração da viagem” , relembra.
E esse foi realmente só o começo. Sobre o sucesso Sentadão , ele conta que quando entrou em contato com o brega funk quis aprender mais sobre o ritmo, pois estava nascendo e, segundo ele, é muito Brasil, muito cativante: “Entrei em contato com o Felipe Original, que é um MC de brega funk, e antes de um show que eu faria no nordeste, fui na quebrada de Recife para conhecer. Caí no estúdio do JS Mão de Ouro, estava com meu computador, abri e tinha guardado o pianinho do início de Sentadão. Tinha aquilo em looping. Ele se amarrou e fizemos a música de forma muito intuitiva” , revela Pedro.
“A voz feminina eu queria tipo da Joelma, aí o JS falou: pô, minha mulher canta. E ficou perfeito. Entrei de curioso e saiu uma música deliciosa” , define.
Pra finalizar, o DJ e produtor conta que preferiu encarar este período de quarentena como oportunidade de criação: “A quarentena me deu o tempo que eu não tinha em casa. Me vi no início da minha carreira, que eu tinha tempo livre para produzir, aproveitar o ócio criativo – aquele tempo pensando na própria arte” , conta.
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