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Cargo de vereador em SP é 2,5 vezes mais concorrido do que vaga na USP

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André Bueno/CMSP

Cargo de vereador em SP é 2,5 vezes mais concorrido do que vaga na USP


As 55 cadeiras da Câmara dos Vereadores de São Paulo (SP) serão disputadas neste ano por 1.994 candidatos registrados, o que representa uma relação de 36,25 postulantes por cargo.

O número é 2,5 vezes superior à disputa por uma vaga no último vestibular da Fuvest, quando 129.148 estudantes buscavam por 9.217 vagas na USP (Universidade de São Paulo). Foram 14,01 candidatos para cada uma das vagas de acesso disponíveis pelo vestibular mais disputado do País.

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Na análise entre as carreiras, a relação de candidato por vaga nas eleições de vereador supera a dos cursos de fisioterapia (31,17), jornalismo (29,1), arquitetura (25,94) e direito (24,07), alguns dos mais disputados na universidade pública.

O dado aponta ainda que a concorrência pelo cargo de vereador na capital paulista está 35,7% mais acirrada do que no pleito de 2016, quando 23,3 candidatos rivalizaram por cada um dos cargos na Casa Legislativa.

O advogado eleitoralista Acácio Miranda atribui o aumento da relação de postulantes por vaga no pleito deste ano à evolução de 55% do número de candidaturas. Ele analisa o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais como uma das razões para o salto.

“O fim das coligações obrigou os partidos a terem um maior número de candidatos, principalmente aqueles chamados de ‘rabo de chapa’, que têm poucos votos, mas ajudam na soma para atingir o coeficiente eleitoral”, avalia o eleitoralista.

Outra motivação citada por Miranda para o aumento das candidaturas é a cota de um percentual mínimo de 30% na quantidade de mulheres na disputa. “Essa passou a ser uma exigência legal para que os partidos tenham acesso ao Fundo Partidário”, explicou ele.

No Brasil, 515.006 candidatos estão cadastrados para concorrer às 57.931 cadeiras de vereador disponíveis nos 5.570 municípios do País. O número equivale a uma relação de 8,89 candidatos por vaga. Há quatro ano, eram 7,86 postulantes por cada um dos cargos.

Para Miranda, o protagonismo menor dos partidos nas cidades do interior explica o avanço menor da relação de postulantes por cargo no território nacional. “Nas cidades pequenas, os candidatos se acomodam em um partido próximo a sua linha política”, destaca o advogado.

André Bueno/CMSP
Fonte: R7

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