Programa Agronordeste transforma a vida de produtores rurais de Timon
O programa Agronordeste do Senar tem atuado de forma decisiva no município de Timon, onde atende 12 propriedades, desde o ano passado, por meio da técnica de campo Selma Coelho.
A predominância da produção hortifrutícola nas comunidades Vila do Bec e Buritizinho, é do cultivo de frutas tropicais. Mesmo assim, destaca-se também a produção de hortaliças, onde as mais comuns são: cheiro-verde, pimentinha, couve, macaxeira e alface, que abastecem o mercado local e de Teresina (PI).
O produtor rural José Elias Cursino de Moraes, que possui uma das maiores áreas plantadas na horta comunitária (69 canteiros), é um dos que têm se beneficiado com o programa. Ele conta que desde que o Senar o incluiu no processo, a sua produção deu um salto para cima, tanto em termos de volume produzido quanto de produtividade.
Ele conta que depois que eliminou o sistema de “molhação” manual, por sistema de irrigação por gotejamento, o volume de produção cresceu a ponto de implementar uma fábrica de pimenta em conserva e tempero para carne (churrasco), juntamente com o apoio da esposa.
“Trabalho com horta há cinco anos, e depois do acompanhamento que a técnica Selma vem dando por meio do Senar, as coisas só melhoraram. Antes, a gente trabalhava somente com o cheiro-verde, agora, com maior conhecimento e com os investimentos feitos na minha área de produção, estou me sentindo mais seguro para expandir o meu negócio, graças ao trabalho do Senar que foi uma grande ajuda pra gente”, afirmou ele.
Temperos
Neuselide Pereira de Moraes, esposa e sócia de Elias, ressalta que o trabalho com temperos só tem crescido, principalmente agora com a expansão do cultivo das leguminosas, por seu marido.
“Depois que viemos para Timon, ficamos sabendo da horta comunitária e a gente aproveitou para fazer o nosso cultivo lá, e investir ainda mais no nosso tempero. Agradecemos muito ao Senar por estar acompanhando tecnicamente a gente, e vamos continuar nessa área porque é um trabalho muito bom e a gente se sente realizada”, disse ela, enquanto descreve a sua produção artesanal de temperos.
“Hoje eu faço o tempero sólido com corante e sem corante, para temperar carne de churrasco e molho de pimenta. Esse novo processo caseiro tem sido bem aceito e alcançado boa parte do mercado local”, ressaltou a produtora rural.
A engenheira agrônoma, Selma Coelho, descreve o trabalho feito nas comunidades rurais timonenses, tendo como referência Elias, que se mostrou muito disposto desde a sua chegada.
“No começo ele só trabalhava com cheiro verde e cebolinha. Então eu o propus a diversificação de culturas. Ele ficou resistente no início. Mas, com o tempo, foi aceitando por conta do mercado e por agregar mais valor à sua renda. Atualmente, ele domina com certa maestria o cultivo da alface. Progrediu muito, e atém já trabalha com pimenta ardida, principal ingrediente para a produção de “conservas caseiras”, que faz junto com a esposa”.
O superintendente do Senar Luiz Figueirêdo, disse que são resultados alcançados como esses que nos impõe maior responsabilidade com o trabalho realizado e com o público beneficiário de nossas ações.
“É uma satisfação conversar com um pequeno produtor que está se transformando num pequeno empresário rural, graças as ações do Senar. São exemplos como este, que servem para criar estímulos aos nossos técnicos para continuar esse trabalho promissor de ATeG do Senar”, concluiu o gestor.