Bolsonaro prega humildade ao comentar eleição americana
O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar nesta sexta-feira (6) a eleição presidencial norte-americana, que, de acordo com a apuração até o momento, tende a dar vitória para o democrata Joe Biden sobre o republicano Donald Trump.
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“O momento para o Brasil ainda é difícil, acompanhamos a política externa, termos nossas preferências, o que acontece lá fora interessa para cada um de nós”, disse em um discurso não muito claro Bolsonaro durante a formatura de 600 novos agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Santa Catarina.
O presidente brasileiro também pregou humildade numa declaração que pode ser interpretada como um conselho a Trump, caso tenha de deixar o cargo.
“Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a mais impotante do mundo, como ele mesmo diz: ‘a pessoa mais importante é Deus’. A humildade tem que se fazer presente entre nós.”
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Bolsonaro também falou em dois momentos sobre sua idade. Primeiro, ao dizer aos formandos que queria estar no lugar deles. “Sinal de que seria 30 anos mais jovem, e nessa vida tudo passa muito rápido”, lamentou. Depois, brincou que não aceitaria o desafio de fazer flexões no palco, por que estava ficando velho.
Governador fã de Bolsonaro e “milagre”
O evento da PFR foi o primeiro encontro do presidente com a governadora interina de Santa Catarina, Daniela Cristina Reinehr (sem partido), que se diz admiradora de de Bolsonaro.
O ministro da Justiça, André Mendonça, afirmou que os formandos não deveriam ter feito o curso e que por um milagre estavam participando do evento.
A frase foi uma menção ao fato de que o ex-titular de sua pasta, Sergio Moro, não havia se esforçado para aprovar o concurso, uma situação algumas vezes lembrada por Bolsonaro.
Mendonça também citou uma passagem da Bíblia e orientou os novos policiais a acreditarem em Deus e “nos homens que Ele usa para mudar a história”.
Ele citou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, e o presidente Bolsonaro como responsáveis por tornar possível o concurso que aprovou 600 candidatos à PRF.