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Boletim CNA: Campo Futuro mostra dados sobre rentabilidade e custos de produção no país

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Boletim CNA: Campo Futuro mostra dados sobre rentabilidade e custos de produção no país


Brasília (14/11/2020) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nesta semana os resultados dos levantamentos dos custos de produção de 2020, realizados em 91 municípios de 19 estados em 102 encontros para levantar e validar dados e informações sobre a realidade produtiva de 22 culturas nas cinco regiões do país.

Este é um dos destaques do boletim semanal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que traz as principais notícias do agro no período de 9 a 13 de novembro. O projeto mostrou, entre outros pontos, as margens de lucros do setor agropecuário.

Na próxima semana devem ser anunciados os cinco finalistas do Prêmio Brasil Artesanal – Charcutaria. A edição de 2020 avalia os melhores salames do país produzido por produtores da agricultura familiar.

O escritório da CNA na China informou que Pequim lançou uma plataforma online de rastreamento para supervisionar alimentos congelados importados.

Na fruticultura, mesmo em um ano atípico como 2020, as exportações de frutas de janeiro a outubro tiveram o terceiro maior volume desde 1997, de 730 mil toneladas. Em outubro, a quantidade embarcada foi de 129 mil toneladas, sendo que manga, melão, melancia e uva responderam por mais de 85% do total.

Prêmio Brasil Artesanal

No último dia 12 de novembro, a CNA realizou a primeira etapa de avaliação dos salames inscritos no Prêmio Brasil Artesanal 2020 – Charcutaria. O júri, composto por cinco especialistas, avaliou as amostras de salames artesanais enviadas por produtores da agricultura familiar dos estados de Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O resultado dos cinco finalistas, que prosseguem para a avaliação popular, será divulgado na próxima segunda-feira.

Campo Futuro

A CNA também realizou o 6° Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro, que detalhou os resultados dos levantamentos dos custos de produção realizados em 2020 para grãos, cana-de-açúcar, frutas e hortaliças, café, pecuária de corte, pecuária de leite, aves e suínos. Foram realizados 102 encontros em 91 municípios de 19 estados para levantar e validar os dados de produção das cinco regiões do Brasil em 22 culturas.

O Campo Futuro é uma iniciativa do Sistema CNA/Senar feita em parceria com universidades e centros de pesquisa para levantamento do custo de produção das atividades agropecuárias. O projeto alia a capacitação do produtor à geração de informação para a administração de custos, de riscos de preços e gerenciamento da produção.

Para o presidente da entidade, João Martins, é cada vez mais fundamental que os produtores tenham informação de qualidade para uma gestão eficiente da propriedade rural. “Apesar da peculiaridade de cada caso, afirmamos a importância do produtor ter a gestão da atividade na palma de sua mão, tanto para reduzir os impactos de crises como essa quanto para aumentar seus ganhos em conjunturas atípicas de mercado, como as ocorridas para alguns setores do agro em 2020”, afirmou.

Frutas, hortaliças e flores

Mesmo em um ano atípico, as exportações de frutas nos dez primeiros meses de 2020 surpreenderam com o terceiro maior volume desde 1997, totalizando 730 mil toneladas. Manga, melão, melancia e uva responderam por mais de 85% das exportações de frutas em outubro, que totalizaram 129 mil toneladas no mês. A demanda elevada e o câmbio favorável são os principais motivos para esse bom desempenho.

Em novembro, a exportações de frutas começaram em bom ritmo, com média diária de 11,4 mil toneladas, 97% superior à média de novembro de 2019. A segunda onda da Covid-19 na Europa, até o momento, não tem afetado as exportações brasileiras nesse segmento, porém continuam a gerar preocupação para o setor.

No mercado interno, o mês de novembro iniciou com bons preços para os hortifrutis. Para as frutas, o aumento dos embarques para o exterior tem reduzido a oferta. Já para as hortaliças, a sazonalidade e as condições climáticas têm sido os principais responsáveis pelas retrações de oferta.

A batata encontra-se entre as hortaliças que apresentou bons preços. A valorização foi de 17% na segunda semana de novembro, acumulando 35% no mês. A expectativa é que a oferta se mantenha baixa devido ao final da colheita da safra de inverno nas lavouras de Minas Gerais e Goiás, enquanto a colheita da safra das águas ainda está incipiente e com baixo volume.

Outro fator que pode contribuir para sustentar os bons preços da batata é a falta de chuva no Sul do país, que prejudicou a produção em lavouras que iniciam a colheita no final do mês.

Após fortes altas, o tomate registrou desvalorização de 13% na segunda semana de novembro, em função da retração do consumo e da ampliação da oferta, com o início da colheita de verão em lavouras de São Paulo e do Paraná.

Apesar da flexibilização das medidas de contenção da Covid-19 e do reequilíbrio dos preços, a pandemia continua impactando a comercialização de hortifruti no país. Segundo dados da Conab, a comercialização de hortaliças nos atacados do Sudeste reduziu em 28,5% em outubro deste ano na comparação com outubro de 2019. Já as frutas registram queda de 21,7% no mesmo comparativo.

O setor de flores demonstra resiliência diante da crise. O faturamento acumulado de janeiro a outubro anima o segmento, que pode fechar o ano de 2020 com um surpreendente crescimento de 5% do faturamento. Vale destacar que esse crescimento está relacionado ao bom desempenho das flores de vaso e plantas ornamentais, que estão com o faturamento de 2020 maior que 2019, enquanto as flores de corte ainda têm uma retração de 35%.

Sucroenergético

O Ministério de Minas e Energia divulgou comunicado na quarta-feira (11), no qual reitera apoio ao RenovaBio, ratificando que as metas compulsórias anuais de descarbonização para a comercialização de combustíveis no âmbito do programa, para o ano corrente, estão vigentes e deverão ser cumpridas pelas distribuidoras de combustíveis até o dia 31 de dezembro de 2020.

Segundo levantamento da Única, no acumulado desde o início da safra 2020/2021, em abril, até 1º de novembro, a moagem de cana-de-açúcar alcançou 564,91 milhões de toneladas, registrando crescimento de 3,65% na comparação com o valor observado no mesmo período de 2019.

A estimativa é de que a produção acumulada de açúcar atingiu 36,41 milhões de toneladas, ante 25,28 milhões em igual período de 2019. O etanol produzido no acumulado da safra 2020/2021 totalizou 27,09 bilhões de litros, sendo 18,53 bilhões de etanol hidratado e 8,55 bilhões de etanol anidro.

Em função da pandemia, as vendas de álcool destinadas a finalidades não carburantes se mantêm em trajetória ascendente e atingiram 113,26 milhões de litros em outubro. O consumo vem se mostrando robusto desde o início da safra e já acumula 804,23 milhões de litros comercializados, com crescimento de 34,76% ante os valores registrados em 2019.

Após movimentos de queda no início da semana, os preços do açúcar em Nova York (ICE) voltaram a apresentar uma retomada e registraram cotações acima de US$ 14,9 centavos/libra. Porém, o mercado aguarda definição sobre o subsídio do governo indiano aos produtores.

No mercado interno, o açúcar cristal, segundo o indicador Cepea/Esalq, chegou a acumular alta na parcial do mês próxima aos 4%. O indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado apresentou leves altas ao longo da semana, mas mantém certa estabilidade, com negócios próximos a R$ 2.120/m³.

Grãos

A Conab divulgou, no dia 10 de novembro, o 2° levantamento da safra 2020/2021. A estimativa de produção de grãos recorde foi mantida em 268,9 milhões de toneladas, aumento 4,6% com relação à safra passada.

Os maiores aumentos de área plantada em relação à safra 2019/2020 foram feitas nas culturas de arroz (+3,2%) e soja (+3,5%). A área plantada de arroz está estimada pela Conab em 1,72 milhão de hectares, alta impulsionada pelo aumento da projeção de plantio de arroz de sequeiro (+8,1%). As maiores reduções de área plantada estão previstas para o algodão (-5,8%), feijão 1ª safra (-1,8%) e milho 1ª safra (-2%).

O USDA também revisou as estimativas de oferta e demanda na última semana. O relatório trouxe mais incentivo e respaldo para o aumento dos preços internacionais de soja e milho. Os estoques finais das duas culturas foram revisados para baixo. A estimativa de produção global de milho em relação ao relatório anterior do USDA caiu 14 milhões de toneladas, com revisões para baixo na produção nos EUA, Europa e Ucrânia. Para a soja, a estimativa de produção global é 1,6% inferior à estimativa anterior do USDA, revisão motivada pela atualização da produção americana e argentina, em função da estiagem nos dois países.

No Brasil, o plantio da nova safra de soja continuou avançando rapidamente na última semana. O mês de novembro já apresenta percentuais de área plantada similar à média histórica. As chuvas continuam irregulares no estado do Mato Grosso e no Rio Grande do Sul.

Após a recuperação no início da semana, o contrato de janeiro de 2021 na bolsa de Chicago caminhou com certa estabilidade ao longo da semana e sustentou preços acima de US$11/bushel. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para Paranaguá chegou a ultrapassar a marca de R$ 170,00/saca.

Para o milho 1ª safra, a falta de chuva desde final de outubro já reduz o potencial produtivo das lavouras em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Na última semana, em Santa Catarina, foi registrada baixa precipitação, que variou de 5 a 35 mm. No Rio Grande do Sul, as perdas têm se acentuado por déficit hídrico. No triângulo mineiro, as chuvas contribuíram para a evolução do plantio.

Em Chicago, o contrato de dezembro de 2020 do milho chegou a bater US$ 4,26/bushel na quarta-feira, mas voltou a recuar no final da semana. No mercado interno, o indicador de preços Esalq/B3 apresentou recuos ao longo da semana, mas mantém preços acima de R$ 80/saca e abaixo do preço recorde da última semana de outubro, de R$ 82,67/saca.

Já a colheita do trigo está na reta final na região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul, 95% da área já foi colhida e as produtividades estão em torno de 40 a 45 sacas/hectare na região de Passo Fundo, conforme informações da Emater-RS. Em Santa Rosa (RS), as perdas foram mais significativas em função da seca, e as produtividades médias são de 25 sacas/ hectare, redução de 50% com relação à safra passada. No entanto, o clima quente e seco que afetou os ganhos em produtividade teve efeito positivo sobre a qualidade, com pH registrados entre 76 e 82.

No Paraná, a colheita do trigo já foi finalizada e os preços têm subido significativamente desde outubro. Segundo a Secretaria da Agricultura do Estado do Paraná, o preço médio do trigo no estado é de R$ 76,00/saca, alta de 11% na comparação a outubro.

Café

A precipitação nas regiões cafeeiras do sudeste do país ainda é abaixo da média esperada para o período. Em alguns municípios do Sul de Minas, as primeiras chuvas vieram acompanhadas de granizo e ventos fortes, provocando danos aos imóveis e agravando as perdas provocadas pela seca a altas temperaturas.

Representantes do Sistema Faemg e da Emater-MG se reuniram para criação de força tarefa para antecipar o levantamento das perdas por variáveis meteorológicas na cafeicultura do estado. A ideia é somar esforços ao levantamento de safra realizado pela Conab e orientar os produtores sobre o seguro de safra e linhas de crédito disponíveis.

Em Rondônia, as condições climáticas também preocupam os produtores da variedade robusta. Há problemas no pegamento e na formação dos chumbinhos, dado o tempo seco e quente dos últimos meses. No Espírito Santo, por outro lado, o quadro é mais favorável, com melhores condições fisiológicas dos cafezais.

No Espírito Santo, representantes da CNA e da Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo) reuniram cafeicultores da região de Brejetuba para discutir sobre mercado de café, com explicações sobre formações de preços, travas futuras e barter.

Quanto às exportações, mesmo em um ano atípico como 2020, com incertezas sobre a demanda e o tempo, o volume exportado de café no acumulado de janeiro a outubro é o maior dos últimos cinco anos. Foram exportadas 35 milhões de sacas de café, aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.

De acordo com pesquisadores do Cepea, cerca de 60% da produção 2020/2021 de arábica já foi comercializada até outubro, mas o mercado está apreensivo sobre as condições climáticas no Brasil e em outros países exportares importantes, o que tem levado vendedores a adiar os negócios.

Quanto aos preços, o indicador Cepea apresentou leve recuperação para o arábica e para o conilon, com cotações acima de R$ 550/saca e R$ 410/saca, respectivamente.

Aves e suínos

O preço do frango vivo na primeira quinzena de novembro aumentou nos dois maiores mercados independentes do Centro-Sul do Brasil, São Paulo e Minas Gerais, cotado a R$ 4,55/kg e R$ 4,75/kg, respectivamente. As duas maiores empresas do setor, BRF e JBS, divulgaram essa semana seus resultados para o terceiro trimestre de 2020. Ambas apresentaram resultados positivos e crescentes, mantendo o ritmo de alta do ano. A JBS destacou que o resultado da operação da Seara (aves e suínos) foi o melhor resultado no Brasil com margem de 15,7%, aumento de 2,6 pontos percentuais ao ano. Para a BRF, entre os destaques no resultado estão o avanço no crescimento e na rentabilidade para os negócios no Brasil.

O mercado de ovos segue estável pela segunda semana consecutiva, com a caixa de 30 dúzias cotada a R$ 91,00 no mercado referência de Bastos (SP). Não há expectativa de reajustes no curto prazo, uma vez que a oferta e a demanda permanecem inalteradas.

Os preços do suíno vivo nos mercados independentes, acompanhados pelo centro de pesquisas, permanecem em alta, já que a oferta de animais prontos para abate permanece pequena em relação à demanda. As cotações das bolsas suínas fecharam nessa semana com os valores de R$ 9,73/kg em Santa Catarina, R$ 9,87/kg em São Paulo, R$ 9,50/kg em Minas Gerais, R$ 9,18/kg no Paraná e R$ 8,88/kg no Rio Grande do Sul.

Lácteos

As principais commodities lácteas tiveram boas negociações ao longo da semana. O leite UHT teve valorização nos preços de 2,72%, sendo negociado a R$ 3,04/litro. Já a muçarela seguiu estável, a R$ 25,21/kg, porém com bom volume de vendas. A melhoria nas vendas de lácteos é consequência de ajustes dos estoques dos laticínios, que aumentaram suas vendas nas últimas semanas, reduzindo os estoques dos derivados lácteos. Além disso, há relatos de redução na captação de leite no campo em decorrência da seca do Sul e das altas dos preços dos insumos para a produção, como soja e milho.

Boi Gordo

O cenário produtivo continua sem alteração. Mesmo com o retorno das chuvas, a produção de capim ainda não foi suficiente para engordar mais animais, encurtando as escalas e pressionando positivamente os preços. O indicador Cepea registrou, durante a semana, a máxima de R$ 292 por arroba, enquanto no mercado já são registrados negócios na faixa de R$ 300 por arroba, inclusive relatos de uma negociação acima desse valor.

Por esses motivos, durante a semana, JBS, Marfrig, Minerva e Mataboi, os quatro maiores frigoríficos do país, se ausentaram das compras, numa clara tentativa de baixar os preços. Porém, o mercado físico continuou operando de forma normal.

Pescado

O estado de Tocantins lançou linha de crédito de R$ 10 milhões para produtores que investirem na piscicultura no estado. Os recursos podem ser utilizados para custeio ou investimento. A Associação de Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar) informa que o preço do tambaqui em Rondônia permanece estável, sem alteração nos fatores do mercado em relação à semana passada.

Cenário internacional

União Europeia

O 4º Relatório Anual sobre a implementação dos Acordos Comerciais da União Europeia em 2019 mostra os benefícios da expansão da rede e do comércio global. Apesar das tensões na arena do comércio internacional, o relatório mostra que os acordos da UE continuaram a facilitar o comércio justo e sustentável e a solidificar o quadro das regras internacionais. O comércio com os 65 parceiros preferenciais abrangidos pelo relatório cresceu 3,4% em 2019, enquanto o comércio externo total da UE cresceu 2,5% no geral. Os acordos da UE com o Canadá e o Japão impulsionaram especialmente o comércio, em cerca de 25% e 6%, respectivamente, desde sua entrada em vigor (Comissão Europeia, 12 de novembro).

China

Segundo aviso divulgado pelas autoridades de Pequim, a capital chinesa lançou uma plataforma online de rastreamento para fortalecer a supervisão de alimentos importados congelados. Produtores e comerciantes de carnes congeladas e pescados importados em Pequim devem se cadastrar na plataforma. Todos os alimentos congelados que entrarem na capital chinesa devem ser rotulados com os códigos de rastreamento correspondentes gerados pelo sistema. Ao escanear os códigos nas embalagens dos produtos, os consumidores chineses obterão as informações de especificações como lote, país de origem, dados de inspeção, entre outros dados de rastreamento do produto importado. A plataforma já está em vigor desde 01 de novembro de 2020 (Escritório da CNA em Xangai, Novembro de 2020).

OMC

Em uma reunião do Comitê de Comércio de Desenvolvimento dedicado às pequenas economias, os membros da OMC e organizações internacionais destacaram os desafios enfrentados pelas pequenas economias na atração de investimento estrangeiro, principalmente em meio à crise da Covid-19. Alguns países expressaram preocupação com o aumento das medidas protecionistas e a queda do investimento estrangeiro direto como resultado da pandemia. Durante a reunião, vários participantes enfatizaram a importância de implementar o Acordo de Facilitação de Comércio da OMC. Além disso, também foi feita referência ao papel significativo que a iniciativa de ajuda ao comércio liderada pela OMC pode desempenhar na mobilização de recursos para melhorar os fluxos de investimento estrangeiro direto para os países em desenvolvimento e países menos desenvolvidos (OMC, 02 de novembro de 2020).

Os países menos desenvolvidos foram duramente atingidos pela desaceleração do comércio global desencadeada pela pandemia de Covid-19. Segundo o Secretariado da OMC, o declínio no valor das exportações de mercadorias desses países foi mais acentuado do que a queda média de 13% nas exportações globais registradas nos primeiros seis meses do ano. O relatório do Secretariado indica que a redução das exportações de mercadorias dos países menos desenvolvidos foi impulsionada por uma queda nas vendas externas de combustíveis e produtos de mineração (26%) e roupas (18%). Já a diminuição nas exportações de serviços foi impulsionada por uma queda nas exportações de viagens, que se estima terem caído cerca de 60% durante o primeiro semestre de 2020. O setor agrícola nesses países foi o menos afetado pela pandemia, com as vendas externas de produtos agrícolas diminuindo apenas 1% no primeiro semestre do ano (OMC, 11 de novembro de 2020).

FAO

De acordo com o Food Outlook, novo relatório da FAO, o comércio global de produtos alimentícios se mostrou notavelmente resistente durante a pandemia, com os países em desenvolvimento até conseguindo aumentar as receitas de exportação. Ainda segundo o relatório, as receitas de vendas externas dos países em desenvolvimento no primeiro semestre de 2020 aumentaram 4,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto as dos países desenvolvidos diminuíram. O relatório também pontuou as seguintes observações:

– Espera-se que a produção global de sementes oleaginosas e produtos derivados em 2020/2021 alcance um novo recorde ao longo das safras de 2020/2021;

– A produção mundial de açúcar em 2020 está se recuperando, embora abaixo do ritmo de crescimento do consumo, o que dependerá da imposição de novas medidas de bloqueio relacionadas ao Covid-19;

– A produção global de carne em 2020 está prevista para diminuir pelo segundo ano consecutivo, em meio ao comércio moderado e às perspectivas de demanda;

– Para o mercado de peixes, houve uma queda na demanda por produto fresco devido às medidas de contenção da Covid-19, que culminou com o fechamento de bares e restaurantes;

– A pandemia abalou a cadeia de valor das frutas tropicais, tendo uma queda significativa no comércio global de abacaxi, manga e mamão.

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Fonte: CNA Brasil

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