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Ásia recebeu 38% dos recursos climáticos, diz pesquisa

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REUTERS/Jamil Bittar

Ásia recebeu 38% dos recursos climáticos, diz pesquisa


A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nesta quinta-feira (19) um guia com dicas sobre como as empresas podem se beneficiar de fundos climáticos. 

Em 2017, este tipo de iniciativa recebeu US$ 612 bilhões e US$ 546 bilhões em 2018 em todo o mundo. Conforme dados da Climate Policy Initiative, entre 2017 e 2018, enquanto a Ásia recebeu 38% dos recursos nos últimos anos a América Latina e Caribe ficou só com 4,5%.

Segundo a Confederação, há uma tendência dos investidores “priorizarem o financiamento de projetos que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e que promovam soluções para combater os impactos da mudança do clima”.

O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, diz que as iniciativas sustentáveis dão mais retorno. 

“Cada vez mais consolida-se o entendimento de que iniciativas que respondam aos desafios ambientais, sociais e de governança de forma mais efetiva dão mais retorno e são mais sustentáveis. E é nisso que investidores estão de olho”, afirma Bomtempo. 

Veja as dicas da CNI na hora de buscar este tipo de financiamento: 

“1. Recursos a empresas de qualquer porte

Empresas de qualquer porte podem acessar os fundos climáticos, desde que atendam aos critérios específicos de cada um. Para isso, é preciso estudar os detalhes exigidos, avaliar as condições e planejar a execução.

2. Garantias econômicas

Há diversas formas de garantias econômicas exigidas pelos investidores, podendo ser garantias reais, comohipoteca, penhor e propriedade fiduciária, ou pessoais, como fiança ou aval.

3. Qualidade do projeto

Seu projeto disputa o financiamento com muitos outros. Logo, precisa ser bem estruturado para atrair os investidores. Caso necessário, é possível contratar uma ajuda especializada externa à organizaçãopara desenvolver o trabalho.

4. Priorização de setores para obtenção de recursos

Alguns fundos climáticos priorizam destinação de recursos financeiros para setores econômicos que considerem ter menos riscos socioambientais. No entanto, esse processo varia de acordo com o investidor. Há fundos que investem em projetos de inovação para redução de emissões de gases de efeito estufa em setores com maior consumo de energia, por exemplo.

5. Projetos de maior risco

Quanto maior o risco envolvido no projeto, maior a quantidade de requisitos que precisam ser atendidos. Em geral, projetos menos complexos precisam, no mínimo, mostrar que estão em dia com o cumprimento de requisitos legais, comoo licenciamento ambiental. Projetos de maior risco estão sujeitos a critérios adicionais.

6. Plano de adaptação à mudança climática

Ter um bom plano de adaptação à mudança climática demonstra que a empresa possui uma forte cultura de prevenção de risco e maior planejamento para as ações referente à sustentabilidade no longo prazo, o que pode proporcionar ao empreendedor o acesso a taxas de juros mais atraentes. Para ajudar as empresas a elaborar esses planos, a CNI lançou também o manual Indústria Resiliente: Um Guia para a Indústria se Adaptar aos Impactos da Mudança do Clima – Diretrizes Gerais.

7. Ambiental de mãos dadas com o social e a governança

Mostrar resultados na redução de emissões de gases de efeito estufa ou medidas de contenção aos impactos da mudança do clima nos projetos é importante. No entanto, há investidores atentos para saber se os projetos trazem soluções para problemas sociais e de transparência. Os indicadores ESG (de ambiental, social e governança, no inglês) são critérios cada vez mais observados pelos fundos nacionais e internacionais, em especial em bancos de desenvolvimento, onde estão as maiores quantidades de recursos financeiros ofertados para a aplicação na economia de baixo carbono”.

REUTERS/Jamil Bittar
Fonte: R7

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