Sindicato terá renda de aluguel de edifício
Nesta segunda-feira (23), o Sindicato Rural de Palotina (Oeste do Paraná) inaugurou um edifício construído ao lado da sua sede, que proporcionará uma nova fonte de renda para a entidade por meio da locação do espaço para uma cooperativa.
Com o fim da contribuição sindical obrigatória, muitos sindicatos se viram obrigados a buscar novas formas de gerar receita. Diante disso, a diretoria da entidade de Palotina decidiu utilizar um terreno próprio para erguer um edifício e obter renda com o seu aluguel.
Participaram da cerimônia de inauguração, além da diretoria e de associados do Sindicato Rural de Palotina, o Presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, os secretários de Estado Márcio Nunes (Desenvolvimento Sustentável e Turismo) e Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento), além do coordenador do Departamento Sindical da FAEP, João Lázaro.
“O exemplo de Palotina serve para muitos outros sindicatos, que estão buscando novas alternativas para manter suas estruturas funcionando. Com coragem e planejamento, foi possível ampliar as receitas e aumentar o patrimônio da entidade. Isso mostra que a lição de casa foi aprendia. Essa é a sustentabilidade sindical na prática”, afirmou Ágide Meneguette, na ocasião.
Logo após o fim da contribuição sindical compulsória, a FAEP, em parceria com o SENAR-PR e o Sebrae-PR, criou o Programa de Sustentabilidade Sindical e formação de lideranças voltado aos sindicatos rurais do Estado.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Palotina, Nestor Araldi, a instituição já presta serviços remunerados a seus associados na área de recursos humanos (geração de holerite, etc.), além dos cursos do SENAR-PR, que neste ano de pandemia ficaram praticamente parados.
“Em agosto do ano passado, a cooperativa Cresol foi se informar junto ao sindicato, se havia espaço para outra cooperativa no município. Em novembro vieram de volta e pediram uma sala para alugar no sindicato. Como nós tínhamos um lote vazio encostado no sindicato, aí começamos uma obra nossa para alugar para a cooperativa”, conta o dirigente sindical. Segundo Araldi, o prédio tem 400 m2 e ficará alugado para a Cresol pelos próximos cinco anos.
A obra custou cerca de R$ 1 milhão e aproveitou um terreno vizinho ao sindicato que era usado como estacionamento. Agora o edifício será locado para a cooperativa por R$ 11 mil mensais. “Como tínhamos dinheiro em caixa, financiamos pouca coisa da obra. Hoje, com o aluguel do espaço estamos pagando parcela [do financiamento] e ainda sobra R$ 4,5 mil. Como não tem mais contribuição [sindical obrigatória], tem que ter alguma coisa para sobreviver, pois cobrar mais do associado não dá”, explica Araldi.