MPF denuncia tatuador por ameaça contra Jair Bolsonaro em Minas
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou um tatuador de 25 anos por ameaçar um atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na cidade de Três Corações, a 298 km de Belo Horizonte.
A procuradoria do órgão em Varginha, a 313 km da capital mineira, pediu que o jovem seja condenado por “atentar contra a liberdade pessoal” do presidente, crime previsto no artigo 28, da Lei de Segurança Nacional.
Evento aconteceu em Três Corações, em 2019
Ana Gomes / R7
Agora, a denúncia segue para análise da Justiça Federal, que pode aceitar ou negar o caso. Se o processo for aceito e o homem condenado, ele pode pegar até 12 anos de prisão.
A Polícia Federal concluiu o inquérito no mês passado e pediu o indiciamento do tatuador pelo mesmo crime. O caso não tem relação com o esfaqueamento do presidente, em setembro de 2018, na cidade de Juiz de Fora, a 280 km de Belo Horizonte.
Ameaças
O episódio aconteceu em novembro de 2019, quando Bolsonaro participou da formatura de uma turma do Exército na cidade do Sul de Minas Gerais. O denunciado, que trabalhava como faxineiro do evento, publicou uma série de vídeos e fotos nas redes sociais indicando que se preparava para atacar o presidente durante a cerimônia.
Segundo a Polícia Federal, ao todo foram feitas cinco publicações relacionadas ao evento. Na primeira delas, o jovem escreveu: “Inicia-se aqui a sequência de histórias onde estou infiltrado na toca do lobo, melhor dizendo, Exército Brasileiro”, sic.
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Em seguida, o investigado postou um vídeo em que aparecia afiando o cabo de uma escova de dente para criar uma arma perfurante improvisada, conhecida no meio policial como “estoque”. Agora estou analisando toda a situação, toda a área aqui, para botar meu plano de que na hora que Bolsonaro chegar aqui, eu vou acertar ele”(sic), disse o homem em outra gravação.
O suspeito foi preso antes da formatura e foi liberado após prestar esclarecimentos, quando o evento já havia acabado. De acordo com a PF, não houve necessidade de mantê-lo preso. Jovem alegou que a situação “não passou de uma brincadeira”.