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Meu gato está agindo de modo diferente. Devo levá-lo ao veterinário?

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Meu gato está agindo de modo diferente. Devo levá-lo ao veterinário?


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Os gatos expressam o que está sentindo no comportamento
Banco de imagens/Pixabay

Os gatos expressam o que está sentindo no comportamento

Cães e gatos se comportam de maneiras completamente diferentes um do outro. Enquanto os cães tendem a ser mais expressivos, é preciso saber “ler” o comportamento dos gatos. É por meio das ações, das expressões e dos barulhos que os gatos se comunicam, dizendo se está tudo bem ou não , se precisam ir ao veterinário ou se podem continuar em casa numa boa.

O Canal do Pet conversou com um médico veterinário da Plamev Pet saber mais sobre o comportamento dos felinos e os sintomas que devem alertar o tutor para a necessidade de levá-lo ao veterinário, aqueles que são corriqueiros e comuns na fisiologia dos bichanos. Confira a seguir.

Comportamentos não preocupantes (de forma geral):

Há alguns comportamentos inerentes aos gatos e que, às vezes, podem preocupar os tutores, principalmente as mamães e os papais de pet de primeira viagem. São eles: ronronar; regurgitar bolas de pelos; salivar demais. As três ações são, de forma geral, inofensivas e típicas da espécie, não representando riscos ao quadro de saúde do animal.

De acordo com Raphael Clímaco, veterinário da Plamev Pet, o ronronar dos gatos é a expressão de algo que o gato está sentindo, pode ser prazer ou medo, por exemplo. “O ronronar é um movimento da via aérea superior, parece com um ronco. É comum as pessoas que nunca tiveram gatos levarem ao veterinário dizendo que ele está com um ronco, um chiado no peito, alguma coisa desse tipo. Os gatos podem ronronar quando querem expressar alguma sensação”, explica.

“É apenas uma sensação, como pessoas que ficam nervosas e dilatam a pupila ou, de repente, começam a suar as mãos. E isso não quer dizer que precisam ir ao médico. É uma função comportamental. Em 99,9% das vezes, o ronronar dos gatos não tem indicação nenhuma com o quadro da saúde dele”, completa o veterinário.

Já o fato de colocar bolas de pelo para fora, é um ato fisiológico e até positivo, já que os pelos engolidos acidentalmente pelo gato não têm nenhum valor nutricional e precisam ser expelidos de alguma forma.

“As papilas gustativas do gato, na língua dele, são salientes. Tanto é que quem possui um gato e deixa ele lamber a mão em algum momento, percebe que a língua do gato é bem áspera. E como o gato é um animal muito higiênico, ele se lambe o dia inteiro, toma banho e penteia os pelos, é muito comum os pelos se destacaram e ele acabar engolindo esses pelos”, explica Clímaco.

Segundo o veterinário, esse tipo de vômito do gato, colocando pelos para fora, só devem preocupar se acontecerem em uma frequência fora do normal. “Isso costuma acontecer de forma isolada, uma vez por semana ou a cada quinze dias. Se o gato está vomitando diariamente ou mais de uma vez por dia, aí sim, é importante levar ao veterinário, porque pode ser algo não tão simples assim”, pontua.

A língua do gato é áspera e possui papilas gustativas com direcionamento para dentro da boca
Banco de imagens/Pixabay

A língua do gato é áspera e possui papilas gustativas com direcionamento para dentro da boca

Ao salivar exageradamente, o gato também está demonstrando como se sente, estressado ou com medo. “É outro ponto que não tem necessidade de levar ao veterinário. Geralmente o tutor fica bem preocupado, porque os gatos salivam muito nessas situações, eles babam mesmo”, diz Clímaco. Para ele, a melhor forma de prevenir a situação é evitar episódios traumáticos, diferentes da rotina do gato.

“O gato é um animal que gosta de rotina, de ficar em casa, gosta do ambiente dele, gosta dos móveis no lugar em que ele está acostumado. Toda a visita ao veterinário, por mais que o gato seja manso, toda saída de carro, toda mudança de ambiente, até mesmo uma visita que chega pode provocar estresse ou medo nos gatos”, afirma.

A dica do veterinário para driblar essas situações é acostumar o gato com a caixinha de transporte, integrando ela ao ambiente dele, com brinquedos dentro. Para que ele veja a caixa como um espaço e segurança e, sempre que precisar entrar nela para sair de casa, não se estressar quando for necessária.

“Se você tem um gato, adquira uma caixa específica para transporte . Jamais saia com ele na coleira, enrolado numa toalha ou tampouco segurando ele apenas no braço. Por mais manso que ele seja, se ele se estressar ele vai, no mínimo, arranhar, correr, fugir. Isso é muito comum na clínica veterinária. Ele precisa ser transportado numa caixa específica para transporte de gatos”, diz Clímaco.

Sinais de alerta para a saúde do gato

O gato tem um comportamento muito peculiar ligado à rotina. Então, ele costuma fazer as necessidades fisiológicas sempre no mesmo lugar. Comer e beber água no mesmo lugar também. A mudança dessa rotina pode ser suficiente para ligar o alerta de saúde .

“Se o seu gato nunca fez cocô ou xixi fora do local e começa a fugir dessa rotina, de repente você chega em casa e o gato fez cocô em cima do sofá, demonstrando uma mudança no comportamento fisiológico dele, ele está querendo te informar que algo dentro dele não vai bem. Então o primeiro sinal que algo não vai bem no gato é ele começar a alterar comportamentos que para ele já eram muito bem definidos: cocô, xixi, alimentação e ingesta de água”, afirma Raphael Clímaco.

Outra mudança de alternância comportamento que deve chamar atenção para a saúde do felino tem a ver com a demanda por carinho. Se o animal normalmente é carinhoso e ele passa a se afastar, a não querer o carinho, ou o contrário, se ele é muito independente, não costuma aceitar carinhos e começar a pedir por carinho de repente, a se aproximar das pessoas, também é um sinal de que algo não vai bem”, pontua.

Com uma rotina pouco ativa, como é natural dos felinos, passando o dia deitado, sem caçar ou brincar muito, sem correr, é comum que os gatos reduzam a ingestão de água. Isso pode ocasionar um acúmulo de sais na bexiga dele, que, em caso de castração, ele pode ter dificuldades em expelir o material na urina. O problema ser grave e também deve ser observado no comportamento do animal.

“Quando o gato reduz a ingestão de água, o intervalo entre uma urina e outra acaba se espaçando. A urina é feita de sais minerais e água, mas com o tempo parado, esses sais começam a cristalizar, pelo tempo em que estão parados na bexiga. E ao tentar urinar, é possível que ele comece a obstruir a uretra, que, no caso dos gatos que foram castrados, já é tão fininha que o animal pode ter uma obstrução”, diz Clímaco.

O principal sintoma é o gato se pôr no posicionamento de urinar, tentar e não conseguir, e pouco tempo depois voltar a tentar novamente. “É muito clássico, ele vai para a caixinha de areia, se espreme, as vezes mia, você percebe que ele está desconfortável, as vezes até sai um jato curto de urina, que pode vir acompanhado por sangue, a depender da gravidade. Daqui a pouco ele volta e tenta tudo novamente. Idas frequentes ao banheiro em um tempo curto, com esse movimento clássico, e uma expressão de desconforto, com dor”, explica o veterinário.

Esse é um quadro extremamente grave, agudo, que pode acontecer em poucas horas, e que precisa de intervenção médica , porque o gato tem a paralização do sistema urinário. E isso é muito comum em gatos que foram castrados na fase juvenil.

Fonte: IG PET

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