Polícia Civil e Procon fecham festa e bingo clandestinos em SP
Operações realizadas na madrugada deste sábado (10), pela Polícia Civil em parceria com o Procon, para conter a propagação do coronavírus na capital paulista, fecharam um bingo clandestino e uma balada que estava operando irregularmente, já que aglomerações e eventos que reúnam público estão proibidos por um decreto do governador João Doria.
O bingo clandestino funcionava na rua Dona Veridiana, na Santa Cecília, região central de São Paulo. Mais de 80 pessoas estavam jogando em maquininhas quando o local foi descoberto, por volta das 22h de sexta-feira (9), sendo 36 homens e 58 mulheres, de diversas idades.
Foram apreendidas 50 máquinas de vídeo-bingo.
O responsável pelo local foi levado à delegacia e registrado um termo circunstanciado por contravenção por jogos de azar e descumprimento das medidas protetivas vigentes durante o período de pandemia.
A ação foi realizada por policiais da 1ª Delegacia Seccional de Polícia do Decap em conjunto com agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).
Festa clandestina em Guaianazes
Já na rua Mário Ferraz, em Guaianazes, na zona leste da capital, a operação conjunta localizou uma balada que estava irregularmente aberta e realizava festas noturnas. Mais de 77 pessoas estavam no local, das quais 47 estavam sem máscaras.
A ação foi deflagrada pelo Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra) do Dope, em apoio ao comitê de Blitz, criado pelo governo para reforçar a fiscalização do cumprimento das medidas restritivas contra a pandemia e atuar contra festas clandestinas e aglomerações.
Ao entrarem, os policiais constataram que ninguém observava o distanciamento social recomendado e sequer usavam máscaras de proteção. Além disso, o palco dos eventos era um ambiente confinado de pequenas dimensões com parca ventilação.
Entre os frequentadores, estava uma auxiliar de enfermagem, de 40 anos, que está inscrita no Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo). No momento da abordagem, a profissional de saúde ofereceu resistência, por isso foi encaminhada à delegacia e autuada por desobediência.
Foram apreendidos equipamentos de som, máquinas de cartão e instrumentos musicais. A Vigilância Sanitária e o Procon também autuaram o local, por estar aberto ilegalmente.
Além do descumprimento das medidas sanitárias, os extintores da tabacaria estavam vencidos e não havia saída de emergência no estabelecimento.
O organizador do evento, dois funcionários, uma testemunha e um participante da festa foram encaminhados ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Eles foram liberados após a elaboração de termo circunstanciado por infração de medida sanitária preventiva.