Search
Close this search box.

Como identificar sinais de violência nas crianças?

Compartilhe

Como identificar sinais de violência nas crianças?


source
Psicóloga aponta sinais de abusos praticados contra crianças
Unsplash

Psicóloga aponta sinais de abusos praticados contra crianças



A morte do pequeno Henry Borel, de 4 anos, chocou a sociedade e trouxe à tona uma discussão já muito antiga na realidade brasileira: a violência contra crianças. O menino foi encontrado morto no apartamento da mãe, Monique Medeiros, com lesões graves no corpo. Tanto a mulher, quanto o namorado, o vereador Jairinho, foram presos. Segundo a Polícia Federal, o casal estava interferindo nas investigações. 

Segundo a Ouvidoria Nacional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, quase 70% dos casos de abusos realizados contra crianças e adolescentes foram praticados pela mãe, pai ou padrasto da vítima. Com isso, nota-se que a pandemia do Covid-19, que manteve as crianças longe da escola, também foi um fator que possibilitou o agravamento das agressões. 

Segundo a psicóloga Niceia Riquião, as crianças costumam dar sinais de que estão sofrendo algum tipo de abuso. Eles podem variar de acordo com a idade e algumas crianças podem não entender como violência e sim como carinho. “Pais e familiares devem sempre ficar atentos às mudanças de comportamento. Como, por exemplo, proximidade excessiva de parentes, irritabilidade, a criança pode começar a evitar lugares ou pessoas que gostava, pode ficar mais ansiosa, mais sensível e chorando mais”, explica. 


Sintomas físicos também são sinais de alerta. Niceia aponta para a queixa de dores abdominais, vômitos e outras comorbidades. “A hora da brincadeira é um outro fator para se atentar, uma vez que a criança pode reproduzir situações que viveu nesses momentos, bem como falas sexualizadas ou nomeando órgãos genitais de maneira suspeita”, alerta. 

Ao perceber que a criança está sofrendo algum tipo de abuso, seja ele físico, sexual ou psicológico, é possível realizar uma denúncia de forma anônima no disque 100, ou no conselho tutelar. Além disso, oferecer escuta à criança, perguntar se ela deseja contar algo, mostrar que se importa com ela, são atitudes fundamentais.

Caso haja alguma suspeita, é preciso acionar um pediatra ou psicólogos que farão escuta profissional a fim de investigar. Niceia ainda aconselha que é de extrema importância ensinarmos as crianças sobre o seu próprio corpo, orientando sobre o que fazer caso alguém a toque sem consentimento.

O Governo Federal lançou, em 2020, a cartilha “Família Protetora” com passos que os pais ou responsáveis devem tomar para proteger as crianças; alguns deles são:

  • Oriente seus filhos sobre o que é abuso sexual ensinando que existem partes do seu corpo que são íntimas e que devem dizer “não” caso alguém queira tocar nessas partes.
  • Os filhos devem ser orientados a não aceitar balinhas, dinheiro ou presentes de pessoas estranhas e sempre que ganhar algo de algum parente ou desconhecido, devem comunicar aos pais ou responsáveis.
  • Ensine que jamais devem guardar segredo sobre esses fatos e que quando alguém diz que “não devem contar algo” pois podem machucar seus pais e familiares, exatamente nessas situações é que os pais precisam ser informados devendo-se contar com urgência o ocorrido.
  • Caso precisem, procurem orientação qualificada e a ajuda de profissionais da saúde ou segurança pública. Evitem ficar tratando desse assunto com vizinhos, parentes ou pessoas que não podem, de fato, prestar o auxílio adequado.

Você viu?

Fonte: IG Mulher

Mais Notícias em Mulher

Curta O Rolo Notícias nas redes sociais:
Compartilhe!

PUBLICIDADE