Karol Conká sobre ‘BBB 21’: “Quando notei, eu também tava me cancelando”
Karol Conká participou do programa “Saia Justa” na noite desta quarta-feira (28) e comentou como foi sair do “BBB 21” e lidar com a grande rejeição do público. A rapper também falou sobre o documentário “A Vida depois do Tombo” e disse que na produção do Globoplay ela ainda não tinha assimilado tudo o que aconteceu no reality show.
“No doc, eu ainda estou montada na soberba como uma forma de disfarçar a dor que eu estava sentindo. Eu tinha noção dos meus erros, mas não da proporção; Os dias foram passando e fui tomando mais noção e fui sofrendo muito. Eu só queria sumir. Lidar com a rejeição é doloroso até pras pessoas que se sentem fortes. Sempre cantei muito sobre isso”, diz.
Karol falou sobre a onda de cancelamento que veio após o reality show. A cantora disse que foi muito difícil lidar com a rejeição e saber que ela decepcionou “milhares de pessoas e de amigos”. Porém, a artista fala que o pior de tudo foi lidar com a própria rejeição. “Quando vi as cenas, tive que lidar com a minha rejeição comigo mesma. Foi uma dor tão maior quanto lidar com a rejeição do público. Comigo mesmo foi mais amargo. Tô num processo de me perdoar, entender, já passou. Eu não posso contribuir para uma cultura da qual eu não concordo. Quando notei, eu também tava me cancelando”, conta.
A ex-BBB diz que assistiu cenas do programa, mas fica incomodada com alguns momentos que viveu na casa mais vigiada do país, como as brigas com Lucas e Juliette. “Tem umas (cenas) que eu me choco, eu fico extremamente incomodada, envergonhada, arrependida, deprimida. Entendo que faz parte de mim, eu sempre procrastinei esse lance da saúde mental, nunca levei muito a sério. Tenho a impressão que entrei e me autossabotei para chamar atenção para esse tipo de assunto”, comenta.
Karol diz que já pediu desculpas muitas vezes por tudo o que fez no “BBB 21”, mas está se questionando se tudo o que viveu no reality tem o mesmo peso das atitudes que as pessoas têm no mundo real. “Se as pessoas me cobram que eu me trate e tenha sanidade, eu também posso cobrar isso delas”, fala.
“Hoje eu tô melhor que ontem, tô me vendo dessa forma. Tenho que fazer um esforço enorme para sentir graça de viver. Apesar de serem só 2 meses, para mim parece que são 3 dias. Hoje eu estou arrependida, mais madura e entendendo que ou eu ficava definhando em decepção, ou eu enxergaria esse momento de tombo como um convite para enxergar uma possibilidade de me tornar uma pessoa mais madura”, conclui.