Lançado programa para impulsionar a digitalização da TV no país
Atualmente, a maior parte do país tem cobertura de sinal digital nas TVs, mas há lugares que ainda contam só com o analógico. Para concluir a digitalização da TV no Brasil, foi lançado, nessa terça-feira (4), pelo Ministério das Comunicações, o Digitaliza Brasil.
“Temos um sinal digital que já está em mais de duas mil cidades, chegando a 156 milhões de pessoas, cerca de 75% da população. A meta agora é encerrar as transmissões analógicas. O desligamento ocorrerá em 31 de dezembro de 2023”, afirmou o ministro das Comunicações, Fábio Faria, durante evento em que assinou a portaria que cria o Digitaliza Brasil.
A iniciativa viabiliza a segunda fase de transição do sinal de televisão analógico para o digital. O foco agora é avançar na digitalização principalmente nos municípios menores. A ideia é permitir que outorgas rápidas e desburocratizadas sejam disponibilizadas aos municípios intermediários, cidades com pelo menos um canal digital cuja digitalização será feita com recursos privados.
Permitirá também que o Governo Federal apoie com recursos financeiros cerca de 1,6 mil municípios que transmitem apenas sinal analógico. De acordo com o Ministério das Comunicações, esses recursos envolvem, por exemplo, a distribuição de até quatro milhões de kits de recepção para a população dos programas assistenciais do Governo Federal.
FM no celular
Outra portaria assinada pelo ministro Fábio Faria, também nessa terça-feira (4), cria a política para habilitação do chip de FM para aparelhos de celular. “Quase 90% dos celulares no Brasil tem o rádio, mas eles não são ligados. Isso não gera nenhum custo para as empresas.”
E explicou: “A portaria assegura que celulares capazes de receber FM não sejam bloqueados na funcionalidade. Apenas as empresas fazendo essa ligação, nós teremos condições de levar informações acerca da Covid-19 e de vários assuntos importantes para os brasileiros.”
O secretário de Radiodifusão, do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, afirmou que o rádio é um meio próximo da população, que informa, entretém e presta serviços com qualidade.
“Assegurar a recepção da FM nos smartphones que já tem essa função embutida alia o Brasil com iniciativas já realizadas em outros países, protege o direito do consumidor e cumpre o dever constitucional de direito à informação para a população brasileira”, ressaltou.
Som imersivo
Já imaginou assistir a um jogo de futebol pela TV e ouvir só a torcida do seu time? Ou um show, que você perdeu, e ter a experiência de estar pertinho do palco? É essa a imersão e personalização do áudio que é possível vivenciar por meio da tecnologia de “som imersivo”, que adota os padrões técnicos E-AC-3, MPEG-H e AC-4. A tecnologia foi um dos destaques na Semana das Comunicações.
O som imersivo condensa em um único aparelho (no soundbar, no celular, no computador ou na própria televisão) efeitos que só eram possíveis com o sistema 5.1 – aquele conjunto de cinco a seis caixas de áudio, conhecido como home theater, cujo objetivo é reproduzir o ambiente de cinema, com o som sendo percebido de várias direções.
No Brasil, o conteúdo compatível com o som imersivo é disponibilizado pela maioria das plataformas de streaming (que permite assistir vídeos ou ouvir música sem precisar baixar) e por algumas emissoras de TV aberta.
Segundo Martinhão, a expectativa é que durante as Olimpíadas de 2021, as transmissões sejam feitas com essa tecnologia: “Com o som imersivo, a gente consegue a experiência de sentir de onde o som está vindo, ouvi-lo de várias direções e não é mais necessário ter essas caixas espacialmente distribuídas. Hoje há televisores no mercado que já vêm com essa possibilidade e o som da própria TV te dá essa sensação imersiva”.
Com informações do Ministério das Comunicações