SENAR MINAS lança cursos de Agricultura de Carbono Neutro
De olho na sustentabilidade das propriedades mineiras, o Sistema FAEMG/SENAR/INAES acaba de lançar quatro cursos de Agricultura de Carbono Neutro (ACN). Os treinamentos foram desenvolvidos na mesma linha e com os mesmos objetivos do Projeto ABC Cerrado, programa da CNA executado entre 2015 e 2019 com o objetivo de fomentar o uso das tecnologias de baixa emissão de gases para combater os efeitos do aquecimento global.
De acordo com o analista técnico de Formação Profissional do SENAR MINAS, Luiz Felipe Xavier, a demanda nacional e internacional por produtos produzidos respeitando a sustentabilidade motivou a criação dos treinamentos. “A adoção de tecnologia de Agricultura de Baixo Carbono ou de Carbono Neutro é garantia de um produto produzido seguindo práticas conservacionistas do solo e água, além de serem produtos com uma pegada de carbono menor ou até mesmo nula”, acrescenta.
São quatro novos cursos: ACN Recuperação de Pastagens; ACN Plantio Direto – Adubação Verde; ACN Floresta Plantada; e ACN Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Qualquer produtor rural pode participar. A documentação pedagógica está sendo revisada internamente e as atividades devem estar disponíveis no começo de junho. Como em todos os treinamentos e programas do SENAR MINAS, quem desejar participar deve acionar o Sindicato Rural de seu município.
A gerente de Formação Profissional Rural e Promoção Social Liziana Rodrigues, reforça que o Sistema FAEMG está sempre trabalhando para a melhoria da produção de forma consciente e sustentável. “Os cursos de Agricultura Carbono Neutro são fundamentais para levar conhecimento ao produtor, mostrando os benefícios da adoção de técnicas sustentáveis e garantindo a sobrevivência de sua empresa rural diante de consumidores cada vez mais exigentes em relação à preservação do meio ambiente”, analisa.
Bom para a Terra, bom para o produtor
“Esses cursos são ações que permitem a diminuição da concentração do mais famoso gás de efeito estufa, o gás carbônico (CO2), na atmosfera. No final da produção agrícola, temos a garantia que a mesma quantidade de carbono emitida na forma de CO2 foi fixada no solo por meio de matéria orgânica oriunda de estrutura vegetais, como raízes, folhas e caules”, detalhou o analista.
Luiz Felipe explica que os benefícios para o produtor que adota tecnologias de baixa emissão de gases vão além das ambientais. Há uma relação direta entre a concentração de carbono no solo e as altas produtividades da agricultura tropical: “os solos tropicais sofrem por questões climáticas, principalmente pelo o excesso de chuva, que ‘lava’ os nutrientes da terra, junto com as altas temperaturas, que dificultam a manutenção de matéria orgânica. Assim, quando adotamos essas tecnologias, melhoramos a porosidade, a capacidade de retenção de água e de nutrientes, favorecendo o desenvolvimento das plantas para que elas expressem cada vez mais seu potencial produtivo”, concluiu.