Ministros apresentam vantagens para se investir no país
As oportunidades de negócios em setores estratégicos como agronegócio e infraestrutura foram apresentadas nesta terça-feira (1), segundo dia do Fórum de Investimentos Brasil 2021.
Segundo o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, o país tem buscado a melhoria do ambiente de negócios. “O Brasil busca revigorar o investimento internacional. Um dos motivos desse nosso encontro. O Brasil é o maior receptor de investimentos estrangeiros diretos na América Latina e o quinto maior receptor do mundo.”
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, convidou os investidores a procurar os projetos do país e afirmou que vale a pena investir aqui no Brasil. “Nós temos o maior programa de infraestrutura da nossa história.”
Nos últimos dois anos, no campo da infraestrutura, foram promovidos 70 leilões. “O Brasil fez leilão de rodovias, fez leilão de portos, fez leilão de aeroportos, fez leilão de ferrovias. Voltamos a investir no modo ferroviário. Estamos transformando a nossa matriz de transportes, que vai ser muito mais eficiente daqui a alguns anos, muito mais equilibrada”, afirmou Tarcísio de Freitas.
Serão contratados no Brasil nos próximos meses, só em infraestrutura, segundo o ministro, mais de R$ 1 trilhão. No campo dos transportes, serão R$ 260 bilhões até o fim de 2022. “E isso vai promover a maior transformação na logística da nossa história. Vai fazer com que o nosso produtor seja cada vez mais eficiente. Aí, vai sobrar dinheiro para mais investimentos no setor produtivo.”
Entre os principais ativos que deverão ser leiloados estão a Dutra (BR-116/101/SP/RJ), a BR-381/262/MG/ES, a Ferrogrão, além de serem feitos arrendamentos portuários no Porto de Santos, a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e a última rodada de concessões aeroportuárias.
Agricultura
Ao participar do fórum nesta terça-feira (1), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou que o agro brasileiro está pronto para receber investimentos internacionais.
“Invistam no agronegócio sustentável brasileiro. Essa decisão fará bem não apenas às suas finanças, mas ao meio ambiente, às pessoas e à saúde”, frisou a ministra. “Sabemos da existência de trilhões de dólares em busca de boas alternativas de investimento, melhores retornos e riscos menores. E o agronegócio brasileiro tem resposta para isso. Nosso mercado bancário e de capitais está maduro e pronto para receber investidores do mundo todo.”
A ministra também comentou que a sustentabilidade já é um pré-requisito para os produtores rurais conseguirem recursos internacionais. Citou assinatura de memorando com a Climate Bond Initiative, para aumentar a oferta de títulos verdes confiáveis pelo Brasil, e a Lei do Agro, que simplifica e dá segurança às operações financeiras.
Sobre sustentabilidade, a pasta lançou as bases para o Plano ABC+, que prevê ações para estimular a adoção de práticas e tecnologias de baixa emissão de carbono no período 2020-2030. “Estamos orientando as ações de mitigação de emissão de gases de efeito estufa e sustentabilidade para consolidar uma agropecuária moderna e atenta às necessidades ambientais do mundo atual. Nossa agropecuária será, ainda mais, parceira da preservação do meio ambiente. Porque, antes de qualquer coisa, é altamente dependente dos recursos naturais. Se chove demais, o produtor perde com aumento de custos da produção, com maior incidência de doenças, por exemplo. Se chove pouco, a escassez de água pode levar à perda total da lavoura”, ressaltou a ministra.
Fórum
O Fórum está na quarta edição e ocorreu de forma on-line entre os dias 31 de maio e 1° de junho de 2021. A edição deste ano destacou as oportunidades de investimentos em setores estratégicos brasileiros, como agronegócios, energia, infraestrutura, inovação, saúde e tecnologia, entre outros.
Ao longo de dois dias, foram apresentados 60 projetos, com um valor de carteira estimado em cerca de 72 bilhões de dólares.
A organização é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Governo Federal. Participantes de 100 países se inscreveram para participar do evento.
Durante o Fórum, houve painéis de discussão com representantes do Governo, CEOs de multinacionais e sala de apresentação de projetos públicos e privados no Brasil que buscam aporte de investimentos.