Search
Close this search box.

Forças de segurança fazem ação contra suspeitos de atacar mundurukus

Compartilhe

Forças de segurança fazem ação contra suspeitos de atacar mundurukus


Forças de segurança cumprem, nesta quarta-feira (16), 11 mandados judiciais contra suspeitos de participação em recentes ataques contra agentes de segurança e índios Munduruku da região de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. São 45 policiais federais, 30 agentes da Força Nacional de Segurança Pública e militares da Forças Armadas.ebcebc

O cumprimento de seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça Federal de Itaituba (PA), cidade a cerca de 400 quilômetros de Jacareacanga.

Os alvos desta segunda fase da operação batizada de Mundurukânia são suspeitos de envolvimento com uma série de crimes, tais como associação criminosa; incêndio; atentado contra a segurança do transporte marítimo, fluvial ou aéreo e coação. Até as 10h30, a Polícia Federal (PF) ainda não tinha um balanço preliminar da operação, o que deve ser divulgado ao longo do dia.

Primeira fase

A PF deflagrou a primeira fase da Operação Mundurukânia em 25 de maio. O objetivo da ação, realizada em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Força Nacional, era combater garimpos clandestinos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, em Jacareacanga (PA).

No dia 26, ainda com a primeira fase da operação em curso, um grupo de garimpeiros que protestava contra a ação atacou uma base montada pela PF e tentou incendiar aeronaves e equipamentos policiais. Ao menos 10 garimpeiros e alguns índios se feriram, sem maior gravidade, durante o confronto com os agentes de segurança.

No mesmo dia, lideranças indígenas denunciaram que garimpeiros contrários à ação policial atacaram comunidades Munduruku no interior da reserva. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), entre os alvos dos invasores estava a coordenadora da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn, Maria Leusa Munduruku, cuja casa foi incendiada.

Em 28 de maio, a PF divulgou nota informando que estava ciente dos ataques à residência de lideranças indígenas e que continuava acompanhando a situação em Jacareacanga. Além disso, segundo a corporação, cujos agentes já tinham deixado a região, o plano operacional da primeira fase da Operação Mundurukânia tinha sido cumprido em sua integralidade.

Força Nacional

Em 29 de maio, a Justiça Federal determinou que forças federais de segurança retornassem a Jacareacanga a fim de impedir novos confrontos entre índios e não índios e invasões às terras indígenas Munduruku e Sai Cinza. No entanto, dias antes de o juiz federal Ilan Presser atender ao pedido do Ministério Público Federal, classificando a situação como “balbúrdia e desordem”, o Ministério da Justiça e Segurança Pública já tinha autorizado o envio de efetivos da Força Nacional de Segurança Pública para a região.

Segundo o texto da portaria ministerial nº 215, os agentes da tropa federativa permanecerão na região por, no mínimo, 90 dias – prazo que pode ser estendido, conforme a necessidade. O objetivo é apoiar os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) em atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da segurança das pessoas e do patrimônio nas Terras Indígenas Munduruku e Sai Cinza.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

Mais Notícias de POLÍTICA

Curta O Rolo Notícias nas redes sociais:
Compartilhe!

PUBLICIDADE