Dólar sobe 0,6% e fecha a R$ 5,11 com ajuste no exterior
Num dia de ajustes no exterior, o dólar subiu e voltou a fechar acima de R$ 5,10. A bolsa de valores caiu depois de três dias seguidos de alta, num movimento de realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsarem ganhos recentes.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (15) vendido a R$ 5,115, com alta de R$ 0,031 (+0,6%). A cotação iniciou o dia em queda, chegando a cair para R$ 5,06 na primeira hora de negociação, mas reverteu o movimento após a abertura do mercado norte-americano.
A moeda norte-americana acumula alta de 2,86% em julho. Em 2021, a divisa registra recuo de 1,43%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado por ajustes. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.468 pontos, com queda 0,73%. Pela manhã, o indicador alternou altas e baixas, mas firmou a tendência de queda perto das 12h. Apesar da queda de hoje, o índice acumula ganhos de 1,73% na semana.
A divulgação de que os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram na última semana moderou as expectativas no mercado internacional. Isso ocorre depois da euforia no mercado global que ontem (14) fez o dólar ter a maior queda diária desde março.
Em pronunciamento ontem no Congresso dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que a recuperação do país, a maior economia do planeta, está num ritmo moderado. No entanto, o bom desempenho do mercado de trabalho aumenta as chances de que os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19 sejam retirados antes do previsto.
A expectativa de juros mais altos nos Estados Unidos desestimula o ingresso de capitais em países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar. Na bolsa de valores, além do ambiente externo, o movimento de realização de lucros contribuiu para a queda do Ibovespa. Depois de o indicador aproximar-se dos 130 mil pontos, parte dos investidores passou a vender papéis para receber os lucros dos últimos dias.
* Com informações da Reuters
Edição: Fábio Massalli