Carreira de programadora: especialista explica os primeiros passos da profissão
Apesar da área tecnológica ser hoje dominada por homens, as mulheres tiveram uma grande contribuição para que a profissão se desenvolvesse. Ada Lovelace, por exemplo, foi a primeira programadora do mundo , responsável por criar uma calculadora no começo do século 19. Hoje a carreira está em ascensão. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) haverá uma busca de 70 mil profissionais por ano até 2024.
Carla de Bona, 36, é co-fundadora da Reprograma, startup que ensina programação para mulheres de baixa renda. Segundo ela, o primeiro passo para seguir na profissão é buscar uma formação. “Não necessariamente uma faculdade. Com um mercado tão aquecido, há diversos cursos de curta, média e longa duração disponíveis. Se você está começando na carreira é interessante que você busque um curso de média duração para que você adquira as bases teóricas e práticas necessárias”, explica.
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De acordo com a especialista, o mercado aquecido e o salário acima da média são as grandes vantagens da carreira de programadora. Outro ponto positivo é que há várias fontes para se especializar na área. Em contraponto, Carla comenta que como a área de Tecnologia da Informação muda constantemente, é preciso sempre se manter atualizada. “Essa atualização pode ser bastante exaustiva e se mal equilibrada pode trazer sérios problemas de saúde”, diz.
Além disso, o ambiente hostil e machista também pode afugentar algumas mulheres. Carla elucida que no início da carreira, é comum escutar comentários preconceituosos como: “Melhor não explicar, pois você não entenderia” ou “Nossa, você é bonita e inteligente!” .
“Por ser uma área dominada por homens, a mulher iniciante na carreira de tecnologia da informação pode se sentir isolada e sem apoio, o que acaba fazendo com que ela acredite que a profissão não é pra ela”, diz.
Carla ainda pontua que o segmento oferece opções variadas para uma mulher que deseje trabalhar em empresas ou até mesmo por conta própria. Startups, agências de marketing, agências de publicidade e consultorias são exemplos de estabelecimentos que necessitam do profissional de tecnologia. “Uma programadora pode atuar em qualquer empresa que use tecnologia em seus processos com soluções para a própria empresa”, explica.
Áreas mais tradicionais, como programação web ou desenvolvimento mobile, também são alternativas. “O mercado de tecnologia evolui muito rápido e vem ganhando força nos setores de ciência de dados, segurança de dados e inteligência artificial, por exemplo”, destaca.
Como freelancer, a especialista fala da possibilidade de se trilhar dois caminhos. “Assumir projetos específicos e por tempo determinado de fábrica de software, ou ainda, entregar soluções de sites ou aplicativos para pequenos empresários”, diz.