Bicicletas elétricas facilitam com que mulheres pratiquem o esporte, afirma ciclista
As bicicletas elétricas, também conhecidas como e-bikes, são o futuro da mobilidade sustentável. Equipadas com motor e projetadas para facilitar os momentos mais puxados das pedaladas, essas bicicletas estão cada vez mais populares entre os brasileiros pelo custo-benefício e praticidade.
Segundo dados do recém-divulgado Boletim do Mercado de Bicicletas Elétricas 2021, desenvolvido pela Aliança Bike e pelo Laboratório de Mobilidade Sustentável da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Labmob/UFRJ), em 2020, um total de 32.110 e-bikes foram vendidas, um aumento de 28,4% em relação a 2019. No entanto, elas têm conquistado um público específico: as mulheres.
Mas por que motivo a modalidade está se popularizando entre as mulheres ciclistas?
Para a fisioterapeuta Fátima Martins, de 56 anos, as bicicletas elétricas estão começando a despertar seu interesse por algumas razões específicas. “Mensalmente realizo pedais de longa distância, inclusive para outras cidades, junto com outras mulheres que também são ciclistas. Um dos destinos que mais frequentamos é Paranapiacaba, local com diversas subidas que acabam nos levando a exaustão física com maior rapidez. Foi pensando nesses momentos que comecei a me interessar pelas bicicletas elétricas e pelo suporte que o motor elétrico oferece”, comenta ela, que é ciclista há mais de 15 anos.
Além do auxílio oferecido pelo motor elétrico, para Maurício Somlo, diretor da Elemovi Veículos Elétricos, outras funcionalidades das bicicletas elétricas estão entre as responsáveis por despertar o interesse do público feminino. “Como as bikes possuem assentos mais confortáveis do que as bicicletas tradicionais e cesto frontal como porta objeto, o público feminino acaba sendo o nosso maior público. Outro fator interessante é que as bikes da Elemovi são mais baixas que as tradicionais, então muitas mulheres que não andavam de bike, acabam preferindo o nosso modelo por ter uma dirigibilidade melhor”, revela Somlo.
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Aproveitar as vantagens da bicicleta elétrica sem abrir mão do apego pela convencional é o que Fátima pretende colocar em prática já nos próximos meses. “Tenho um laço afetivo com a minha bike tradicional, no entanto, é inegável que as bicicletas elétricas possuem diversos recursos que facilitam, principalmente para as mulheres ciclistas praticarem o esporte com mais conforto. Sendo assim, eu quero ter a minha bike elétrica, para me auxiliar no desempenho em pedais específicos e ainda manter a minha antiga e ‘velha de guerra'”, afirma a fisioterapeuta.
A adesão, por parte do público feminino em geral, também tem chamado a atenção de Fátima. “Percebo que, nos pedais, cada vez mais ciclistas estão optando pelas bikes elétricas. No entanto, acredito que as vantagens possam ser bacanas tanto para quem realiza pedais de longas distâncias, como eu, quanto para quem realiza práticas esporádicas”, aponta a ciclista.
Para Somlo, a suposição de Fátima está correta. “Para viagens, as bikes elétricas são mais rápidas, ajudam em subidas e poupam o ciclista de muito esforço físico. Agora, para o dia a dia, elas são a opção mais prática, visto que, na maioria das vezes, a pessoa quer se locomover sem chegar cansado e suado no seu destino, logo, as bikes elétricas oferecem uma forma confortável e sustentável de fazê-lo”, finaliza o diretor da Elemovi veículos elétricos.
Fontes : Maurício Somlo, formado em ADM pela PUC-SP, possui pós-doutorado em Economia Criativa pela Belas Artes- SP e é sócio na Elemovi Veículos Elétricos; Fátima Martins, é fisioterapeuta e ciclista.