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Juntos para Competir: contribuindo na expansão do pomar

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Juntos para Competir: contribuindo na expansão do pomar


Levar boas frutas ao mercado dispensando a figura do atravessador para dar lucratividade aos pequenos produtores gaúchos. Foi com essa missão que, em 2018, nasceu a Associação Campestrense de Fruticultores (ACFruti – Frutas de Qualidade), em Campestre da Serra. Em quase três anos de atuação, contando com o auxílio do programa Juntos para Competir (JPC) – iniciativa de Farsul, Senar-RS e Sebrae RS -, pode-se dizer que a tarefa vem sendo bem-sucedida. 

Hoje, a associação comercializa uvas, pêssego, ameixa, kiwi e caqui para Estados do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Mesmo com a pandemia, a expansão comercial dos produtos representou crescimento de 271% do valor de comercialização e 229% no volume vendido. O presidente da ACFruti, Jandir Beltrame, diz que o JPC foi “a ferramenta principal” do avanço da entidade. 

“Em primeiro lugar porque abriu os olhos dos produtores com seus cursos. Aprendemos sobre irrigação, da importância de investir em tecnologia, a entender o mercado, a saber que tipo de fruta deveríamos produzir para ganhar os mercados. Em segundo, por nos abrir portas para negócios. Já na nossa primeira safra, fizemos uma parceria com uma rede de supermercados em Campinas (SP)”, conta. 

A rede em questão é parceira do JPC há mais de cinco anos e escolheu negociar com os produtores da Serra Gaúcha após eles preencherem um formulário com informações sobre volume de produção e receberem uma visita técnica. O processo deu a dimensão do tamanho do passo que a ACFruti daria.

“A gente brinca  que a primeira visita foi um pouco assustadora. É um mercado muito exigente. Eles disseram ‘a gente não compra fruta tamanho médio nem P. Só G e GG’. Nós não estávamos acostumados com isso. Mas o que a gente percebeu? Que valia a pena fazer fruta só G e GG e vender só para esse público. Se quiser ganhar dinheiro com fruta tem que produzir fruta bonita e de qualidade”, comenta Beltrame.

O presidente lembra que a primeira encomenda foi pequena, mas que de lá para cá a demanda dobrou. Hoje, a rede supermercadista absorve metade da produção de pêssego e ameixa da associação, pagando preço final e alavancando o faturamento da associação. 

Olho na marca

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Para colaborar ainda mais na valorização dos produtos a associação trabalhou no aperfeiçoamento da marca e na produção de embalagens. Para isso, a ACFruti também contou com a expertise dos profissionais ligados ao Juntos para Competir.

“Desde o nosso logo da ACFruti foi trabalhado com o pessoal da JPC. A gente só passou a ideia do que a gente precisava. O logo foi desenvolvido por um profissional que veio fazer uma entrevista, conhecer a associação, saber o tipo de frutas que íamos trabalhar para que o logo nos identificasse. Começamos a trabalhar a ideia de selo da fruta este ano, também. A partir da próxima safra será assim. É um custo maior? É. Mas a gente percebe que o retorno também é”, diz Beltrame.

A desenvoltura dos primeiros anos de operações já está permitindo a ACFruti planos mais ambiciosos para o futuro. O avanço nas comercializações gerou impacto positivo nas propriedades rurais, que estão aumentando áreas cultivadas e investindo em tecnologia para otimizar a mão de obra e aumentar a produtividade- que teve incremento de 55% em três anos. Ainda assim, para um futuro próximo, os sócios elaboram outras estratégias para dar conta do aumento da demanda de comercialização.

É o caso da uva. Atualmente, apenas dois dos 18 associados cultivam a variedade niágara, o que rendeu 34 toneladas vendidas. Para aumentar o volume, ACFruti está negociando com uma associação de produtores do Alto Uruguai.

“Estamos nos preparando para trabalhar com uvas de fora, também por intermédio de um engenheiro agrônomo consultor do JPC. São produtores de uma região mais quente, que têm frutas quando nós não temos. Eles têm volume, mas não têm venda. Agora, vamos nos visitar. Nossa preocupação é que essa uva esteja dentro de nosso padrão de qualidade. Sendo assim, a ideia é que possamos vender uvas por um período mais longo”, diz Beltrame, que também prepara a transição da ACFriti para o sistema de cooperativa, com o objetivo de adequar a controladoria com o crescimento imparável dos fruticultores. 

*Esse texto pode ser livremente reproduzido mediante crédito a Senar-RS/Padrinho Conteúdo

Fonte: CNA Brasil

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