Guia de Raças: alegres e cheios de energia, conheça mais sobre os Dálmatas
A origem desse elegante cãozinho é incerta, existindo ao menos três teorias de onde teria sido a verdadeira origem dos Dálmatas. Devido a imagens de cães com pintas bem semelhantes em sarcófagos, há quem acredite que esses cães tenham se originado ainda no antigo Egito.
Contudo, pinturas do século 17 mostravam cães bem semelhantes ao lado de nobres e governantes, mas vestígios concretos de cães da raça foram vistos na Croácia, na região de Dalmácia – local que deu origem também ao nome da raça – em que esses cachorros eram vistos andando ao lado de cavalheiros ingleses. Até mesmo a descendência dos Dálmatas é uma incerteza, alguns apontam que sejam parentes dos Braco de Bengala, outros apontam semelhanças entre os Dogue Alemão e Pointers.
Os Dálmatas são historicamente conhecidos por estarem sempre acompanhando membros da realeza, acompanhando cortejos reais ao lado dos cavalos que puxavam as carruagens. Além de proteger os animais, os dálmatas também se tornaram grandes amigos dos equinos ao longo do tempo. No entanto, com o surgimento dos automóveis, os cães foram perdendo essa função.
O instinto protetor da raça também se tornou muito popular entre policiais e bombeiros, tanto na Inglaterra, onde são usados até hoje, quanto nos Estados Unidos, onde já foram utilizados para puxar as carruagens do Corpo de Bombeiros e hoje são reverenciados, estando presentes até mesmo em estampas de uniformes e em veículos oficiais.
A raça recebeu o reconhecimento oficial pelo American Kennel Club em 1888. Segundo a CBKC (Centro de Cinofilia Brasileiro), os Dálmatas são predominantemente brancos, com pintas que podem ter entre dois e três centímetros, nas cores pretas ou marrons. As manchas dos Dálmatas também são únicas, quase como impressões digitais, sendo quase impossível encontrar um cachorro exatamente igual ao outro.
Famosos na cultura popular
É praticamente impossível falar em Dálmatas sem nos referirmos aos filmes produzidos pela Disney, baseados em um livro de 1956, escrito pela romancista inglesa Dodie Smith. Com uma animação lançada em 1961 e um live action de 1996, “101 Dálmatas” conta a história de um sequestro de filhotes que seriam usados para a confecção de casacos de pele pela estilista Cruella De Vil – que teve um filme solo, lançado em 2021.
Personalidade
Os Dálmatas são cachorros inteligentes, leais e cheios de energia. Eles adoram estar com a família e são excelentes para quem quer um companheiro para a prática de atividades físicas. Eles se dão muito bem com crianças, embora sejam mais indicados para crianças um pouco maiores.
Esses pets, se bem socializados, também se darão muito bem com outros animais de estimação e com as visitas. Além de companheiros, também são ótimos para avisar quando algo estranho está por perto, já que não costumam latir por qualquer coisa – algo que se torna ainda mais eficiente quando o animal é bem adestrado.
Por serem bastante energéticos, não é recomendado para casas com pouco espaço, pois eles precisam ter por onde se movimentar com certa liberdade.
Você viu?
Quando o charme se torna um problema
As manchas desses cães, sem dúvida, são o que mais se destaca neles, por isso o padrão dessas manchinhas é muito valorizado por criadores e admiradores, o que acaba resultando em problemas genéticos, como a surdez, que afeta muitos cachorros da raça. Estima-se que 10% dos Dálmatas sejam completamente surdos. Isso ocorre devido ao cruzamento de cães da mesma raça, para que seja mantido o “padrão genético”.
Seja unilateral (apenas um lado), ou bilateral (dos dois lados), é bem comum que dálmatas sofram com essa deficiência. Quando o problema afeta apenas um dos ouvidos, ainda é possível que o pet leve uma vida normal, contudo, quando acontece com ambos os ouvidos, o animal precisará de acompanhamento por toda a vida.
Saúde e higiene
Outro problema bastante comum, também genético, é o calculo renal, ou pedra nos rins. Esse problema pode ser controlado com uma dieta balanceada e, um problema comum em cães do mesmo porte, é a displasia no quadril. A doença se agrava conforme a idade avança e causa fortes dores ao animal, atrapalhando muito a locomoção.
Quanto à higiene, os banhos não precisam ser tão frequentes, apenas os cuidados com os pelos devem ser tomados. A pelagem dos Dálmatas é curta, firme e tende ser bem brilhosa. Por isso, uma boa escovação, para que sejam removidos os pelos mortos e facilitando o crescimento de novos.
Os dálmatas são cães com um porte físico imponente e musculoso, por isso, como dito anteriormente, precisam de espaço para se exercitar e gastar energia, além de evitar problemas com sobrepeso, é fundamental para uma boa saúde do pet.
Além disso, por terem uma pele sensível, feridas podem aparecer com o passar do tempo, por isso, tutores de Dálmatas precisam estar sempre atentos aos peludos e sempre levá-los para consultas regulares ao médico veterinário.