Campanha alerta sobre a obesidade infantil
“Vamos prevenir a obesidade infantil: 1,2,3 e já!” Esse é o tema de campanha lançada, nesta terça-feira (10), pelo Ministério da Saúde que destinou R$ 90 milhões para fortalecer o cuidado e a nutrição infantil.
E você sabe como participar do movimento? São três passos:
Alimentação saudável – estimule a criança a participar da escolha dos alimentos e do preparo das refeições. Arroz, feijão, frutas, legumes e verduras são a base para uma alimentação saudável.
Atividade física – jogue junto, brinque, pule, corra. Incentive a substituição do tempo dedicado aos aparelhos digitais, como TV, celulares e jogos, por brincadeiras que movimentam o corpo.
Mais brincadeiras ao ar livre
“A prevenção à obesidade infantil também deve ser feita nas escolas. É fundamental essa ação conjunta, isso tem um reflexo até nos pais”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Obesidade é um problema de saúde no Brasil e no mundo e pode perdurar por toda a vida das nossas crianças se não for efetivamente enfrentada”, ressaltou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que participou do lançamento da campanha.
Estratégia Nacional
Durante cerimônia, foi assinada portaria que institui a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja) que busca articular as iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. Também foi assinada portaria que destina recursos a cidades de até 30 mil habitantes que registraram, em 2019, sobrepeso em mais de 15% das crianças menores de 10 anos.
A ideia do governo é estimular os municípios a implementarem ações em todos os espaços que são frequentados pelas crianças e suas famílias. Entre as medidas estão o monitoramento, prevenção e cuidados do excesso de peso nas unidades básicas de saúde, ofertar alimentos saudáveis e atividades esportivas nas escolas e ainda criar ou revitalizar espaços para atividades físicas. Os municípios interessados devem fazer a adesão até o dia 10 de setembro.
Acompanhamento nutricional
O Ministério da Saúde faz o acompanhamento das crianças de todo o país por meio das equipes de atenção primária à saúde, que atendem nos postos de saúde de cada município. São mais de 40 mil equipes espalhadas por todo o Brasil.
De acordo com os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), 15,9% das crianças com menos de 5 anos, acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do SUS, apresentavam excesso de peso e 7,4% estavam obesas.
Já nas que tinham entre 5 e 9 anos a taxa de excesso de peso subiu para 31,8% e a de obesidade para 15,8%. Entre os adolescentes, 31,9% estavam com sobrepeso e 12% com obesidade. São 6 milhões de crianças menores de 10 anos e 11 milhões de adolescentes com excesso de peso.
Os indicadores mostram que a obesidade infantil vinha aumentando nos últimos anos e piorou ainda mais por conta das restrições impostas pela Covid-19. “Quando a gente fala do retorno às aulas, estamos falando também na prevenção da obesidade infantil, porque essas crianças que não estão nas salas de aula por conta da pandemia, estão se alimentando mal em casa. Mais um efeito deletério dessa pandemia que afeta nossas crianças que foram privadas por um ano e meio das aulas”, ressaltou o ministro Marcelo Queiroga.
Além disso, o Ministério da Saúde desenvolveu um curso online, voltado para profissionais de saúde, sobre prevenção e controle do excesso de peso. O curso “Obesidade Infantil: uma visão global da prevenção e controle na atenção primária” será disponibilizado na plataforma Avasus e tem carga horária de 40 horas.
Painel nutricional
O Ministério da Saúde também lançou, nesta terça-feira, um painel para apoiar os estados e municípios no acompanhamento nutricional das crianças menores de 10 anos na Atenção Primária à Saúde (APS). Pela plataforma é possível acompanhar os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional de 2018 a 2020. É possível filtrar os dados por estado da situação das crianças por faixa etária.
Guias
Para orientar os brasileiros sobre hábitos alimentares e atividades saudáveis, o Ministério da Saúde possui três guias para orientar a população: