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Infertilidade feminina: saiba quais são as causas!

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Infertilidade feminina: saiba quais são as causas!


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Infertilidade feminina: saiba quais são as causas!
Reprodução: Alto Astral

Infertilidade feminina: saiba quais são as causas!

Cercada de tabus, a saúde íntima feminina é pouco discutida até mesmo entre as próprias mulheres. Um assunto “polêmico”, mas que vale um debate mais aberto e aprofundado, é a infertilidade feminina – termo usado para determinar aquelas mulheres que não conseguem engravidar apesar de terem relações sexuais cuidadosamente cronometradas e sem proteção.

Assim, enquanto algumas ficam grávidas rapidamente, outras podem demorar mais. E, quando uma mulher não consegue engravidar após um ano de tentativas, uma visita a um especialista é altamente recomendada. Segundo Eloisa Pinho, médica ginecologista, mulheres com mais de 36 anos ou aquelas com motivos para acreditar que podem ter problemas de fertilidade precisam visitar seu médico antes disso.

“A infertilidade pode acontecer por vários problemas diferentes e às vezes não é possível estabelecer a causa. Pode haver uma única causa em um dos parceiros ou uma combinação de problemas que impeçam a concepção ou a continuação da gravidez”, explica. “Homens e mulheres podem ter problemas de fertilidade, o que ocorre em cerca de 20% dos casais inférteis. Em cerca de 15% dos casos, nenhuma causa de infertilidade é identificada em nenhum dos parceiros e isso é referido como infertilidade ‘inexplicada’”, Pinho complementa.

No entanto, para esclarecer e quebrar paradigmas em torno desse assunto, confira algumas causas da infertilidade feminina:

Problemas no útero

Segundo Pinho, quando as causas são identificadas entre as mulheres, as mais comumente incluem ovulação irregular, endometriose e obstrução das trompas de falópio. “35% das causas são relacionadas a alterações nas tubas (fator tubário): infecções pélvicas que podem causar obstrução das tubas, endometriose e aderências cirúrgicas”, esclarece.

Disfunções ovulatórias (fator ovulatório), como Síndrome dos Ovários Policísticos (uma doença causada pelo desequilíbrio dos hormônios na mulher), alterações hormonais relacionadas à idade, alterações aos hormônios da tireoide e altos níveis de prolactina, também estão entre as causas.

Fatores ecológicos

Isso pode te surpreender, mas a poluição do ar pode prejudicar a fertilidade feminina. De acordo com Rodrigo Rosa, médico especialista em reprodução humana, homens e mulheres que trabalham ao ar livre, por exemplo, têm maior dificuldade em engravidar (como agentes de trânsito, taxistas e motoristas de ônibus).

Exposição a produtos químicos

De acordo com Rosa, se homens, por exemplo, forem expostos à agentes poluentes ou agrotóxicos, diversos tipos de danos podem ocorrer em seu DNA. Por consequência, essas pessoas estão sujeitas à mutações que inviabilizam o espermatozoide, contribuindo para a infertilidade masculina e, de certa forma, dificultando a gravidez da mulher.

Além disso, diversos químicos e seus metabólitos podem alterar a expressão de genes, inibindo-os ou ativando-os em excesso. “É o caso do gene SHBG, que possui alelos que estimulam a expressão e, consequentemente, a maior produção de SHBG, o que pode levar a diminuição dos níveis de testosterona”, completa o médico.

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Peso corporal

O peso também é um fator a ser considerado. Segundo Rosa, estudos mostram o impacto negativo da obesidade na fertilidade do casal. “Mulheres com sobrepeso têm cerca de 25% menos chances de engravidar e aquelas com obesidade apresentam queda na taxa mensal de gravidez de até 50% em relação às mulheres com a mesma idade e com peso normal”, explica.

No caso das mulheres, ainda há risco de desenvolver diabetes gestacional durante a gravidez, o que pode causar problemas de saúde ao bebê.

Idade

A idade também pode dificultar a vida da mulher quando o assunto é reprodução. Os índices de fertilidade mudam conforme a idade e a probabilidade diminui com o passar do tempo. “Em um ano, a chance de gravidez para mulheres de 25 a 30 anos é de 85%; entre 31 e 35 anos é de 80%; entre 36 e 40 é de 50%; entre 41 e 42 anos é de 20%”, explica Pinho.

Afinal, como é diagnosticada a infertilidade?

A ovulação é testada, seja em casa, usando meios como a temperatura corporal basal ou testes de muco cervical, ou no hospital, com um ultrassom ou exames de sangue. Se houver ovulação, os testes podem ser realizados para descartar bloqueios tubários ou uterinos e garantir a anatomia uterina normal. “Se a ovulação estiver ausente, os níveis hormonais são verificados, bem como os parâmetros metabólicos”, explica a médica.

E existe tratamento?

Além de incluir medicamentos para problemas específicos, como anovulação (Síndrome do Ovários Policísticos e Insuficiência ovariana primária), em muitos casos os hábitos de vida estão relacionados e a mudança para um estilo de vida mais saudável aumenta as chances de concepção de um filho.

“No geral, é recomendado não fumar, diminuir ou evitar o consumo de álcool, controlar o estresse e melhorar a dieta, tratando a obesidade ou a desnutrição, além de fazer exercícios físicos”, finaliza Pinho.

Fontes: Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra formada pela Universidade de Ribeirão Preto; Rodrigo Rosa, ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

Fonte: IG Mulher

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