Campanha identifica primeiro desaparecido vivo após mutirão de coleta de DNA
A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), possibilitou que uma pessoa em situação de rua, dada pela família como desaparecida, fosse identificada. A confirmação do material genético entre familiares foi realizada pela Polícia Científica de Pernambuco.
Francisco, como era conhecido, vivia há anos no centro de Arcoverde (PE). Ele não tinha familiares e nem documentos que comprovassem a sua real identidade. Foi a partir daí que voluntários da cidade começaram uma busca no estado.
Com a campanha, a unidade de Polícia Científica do Sertão de Moxotó, em Pernambuco, apoiou a busca e fez a coleta de DNA do homem. Com a divulgação da campanha, a unidade também conseguiu achar uma mulher, moradora de Lajedo (PE) que procurava um irmão desaparecido há mais de 30 anos, chamado Cícero.
Materiais biológicos foram coletados e encaminhados para o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), em Recife, que confirmou a identidade de Cícero. Este foi o primeiro cruzamento de DNA da campanha que chega à identificação de um desaparecido vivo.
“Esse resultado mostra a relevância da Campanha de Coleta de DNA, idealizada pelo Ministério em parceria com os Estados. Com uma ferramenta eficiente de identificação, foi possível aliviar o sofrimento vivido pelos familiares há tantos anos. Seguiremos engajados na divulgação da Campanha para que outros resultados como esse sejam encontrados”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Com a campanha do MJSP, já foi possível que outras 28 famílias no país encontrassem os restos mortais de seus familiares desaparecidos. A identificação dos restos mortais foi constatada pelos bancos estaduais em Goiás (6), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (3) e Rio Grande do Sul (11). O Banco Nacional de Perfis Genéticos, que faz a correlação em nível nacional, auxiliou na identificação de dois restos mortais entre Goiás e Distrito Federal; um entre Goiás e Maranhão; um entre Distrito Federal e São Paulo e um entre Minas Gerais e Espírito Santo.
Coordenada pelo Ministério, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com os estados, a ação foi realizada de 14 a 18 de junho em todo o país. Mais de 2 mil famílias de desaparecidos forneceram material genético. É importante ressaltar que familiares podem continuar buscando os pontos para doar seus materiais genéticos.
Saiba mais no site da campanha
Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública