Atriz Ana Beatriz Cisneiros desabafa sobre perda de bebê: “Sofri calada”
Nesta terça-feira (31), Ana Beatriz Cisneiros, que até hoje é lembrada como a garotinha que dividia a cena com Marcio Garcia no palco do dominical “Gente Inocente”, da Globo, desabafou no Instagram sobre ter sofrido uma interrupção involuntária da gravidez. Ela, que já tem a Agatha, de dois anos, estava à espera do segundo filho.
“No dia 2 de julho, descobri que estava grávida. Ficamos extasiados, as reações foram incríveis, planejamento de chá revelação e tudo a que tinha direito. Mas, desde o primeiro momento, eu falava: ‘Só vou fazer festa depois que ouvir o coraçãozinho'”, relembrou a atriz e estudante de biomedicina, casada com o supervisor Lucas Reis, frisando que “mães têm sexto sentido”.
Segundo relatou, os momentos difíceis vieram a partir do segundo ultrassom: “Para nosso desespero, a médica simplesmente nos consolou, dizendo: ‘Foi melhor assim, seu corpo interrompeu a gestação, tinha algo de errado, então, veja pelo lado positivo’. Fiquei sem chão. Minha reação era só chorar. Passou o tempo, e nada aconteceu. Tive esperança e fé de que aquilo poderia estar errado. Não me deram instruções de como aconteceria, como seria ou o que eu teria que fazer”.
Cisneiros afirmou ter sofrido calada sem passar nada para ninguém: “Já tinha uma outra médica obstetra para visitar, mas já não tinha dúvidas do que estava acontecendo. Perdemos nosso bebezinho. Essa segunda médica que visitei me acalmou e deu todas as instruções e o que poderia acontecer. Não tive cólicas nem dores nesse meio-tempo, então ingenuamente achei que sairia normal, como nos filmes. Ouvi das poucas pessoas que sabiam: ‘Isso é normal’, ‘você não é a única a passar por isso’, ‘Deus sabe de todas as coisas’, ‘já, já passa, e você engravida de novo’, entre outras coisas que me deixaram a ponto de explodir”.
Sem esconder a emoção, encerrou a postagem com estas palavras: “Só quem passa sabe o vazio, a dor e a ausência que nunca vão passar. Existem muitos casos, mas, mesmo que alguém conte sua experiência, não diminui o que passamos. Não diminuiu a minha dor”.