Jornalista não consegue dar entrada em pedido de casamento por ser cega
A jornalista Nathalia Santos tem o pedido do seu casamento no registro civil do Rio de Janeiro “sub judice” (em análise administrativa) por ser cega . Em postagem nas redes sociais, Nathalia diz que quer expôr o constrangimento que passou no serviço cartorário. Antes de começar seu relato, ela conta que foi alfabetizada, tem firma reconhecida em cartório, assinatura na identidade e demais documentações, e que tem uma régua que carrega consigo para saber onde ela precisa escrever.
Depois de entregar a documentação necessária para agendar o casamento civil, Nathalia retirou sua régua de assinatura da bolsa e então foi informada pelo atendente que alguém tinha que assinar por ela, já que ela é cega e não saberia o que estava assinando. Ela relata que rebateu solicitando alguém para ler a documentação ou que enviassem o arquivo digital que ela mesma faria a leitura.
A jornalista conta que toda a situação durou quase duas horas, pois ela se recusou a sair do cartório sem ela mesma assinar a documentação e, caso o local não desse entrada no casamento, ela chamaria a polícia por ser impedida de fazer algo que está no seu direito. Nathalia diz que, ao final, saiu com tudo assinado, mas sem a certeza de que a entrada do pedido havia sido feita pois ficaram de consultar o tabelião se a assinatura da jornalista tem validade.
Nathalia lembra que o mês de setembro também recebe a cor verde por conta da luta das pessoas com deficiência, mas que ela mesma está cansada de lutar por direitos básicos diariamente. Veja o desabafo completo aqui: