Marcas Indígenas criam peças de roupas exclusivas
A National Geographic iniciou em 2020 a campanha “O Que Você Faz Importa”, uma iniciativa regional e multiplataforma que convida o público a adotar novos hábitos baseados em cinco pilares: reduzir o consumo de energia; evitar o uso de plásticos descartáveis; repensar o consumo; adotar meios de transporte sustentáveis; e inspirar os outros, gerando consciência e participação.
Agora, em 2021, a campanha entra numa nova fase de comunicação com a missão de promover a conscientização sobre as Mudanças Climáticas, além de continuar inspirando a prática de hábitos mais sustentáveis, através de ações e ativações que acontecerão durante o mês de setembro – iniciando no Dia da Amazônia (05 de setembro) – e outubro, culminando no Dia Mundial Contra as Mudanças Climáticas (24 de outubro).
Entre as iniciativas para gerar consciência e ação diante dessa problemática, a National Geographic convidou os estilistas Dayana Molina e Sioduhi, do Coletivo Indígenas Moda BR, para produzir uma coleção conceitual através das suas marcas NALIMO e SIODUHI STUDIO.
Juntos, os estilistas convidados expressaram suas manifestações para retratar as mudanças climáticas na Amazônia e alertar sobre a situação de desmatamento através da Coleção Weá Terra Fértil, composta por peças slow Fashion, 100% produzidas por profissionais indígenas e com materiais sustentáveis, ressaltando a importância do consumo consciente para o nosso planeta. Como parte dessa conscientização, as peças não estarão à venda.
A Coleção Weá Terra Fértil é apresentada no site oficial da National Geographic Brasil, em uma página dedicada à Amazônia, na qual o público também encontrará uma gama de informações sobre a região, além de contar com matérias especiais assinadas pelos exploradores Nat Geo, que atuam na linha de frente de projetos de pesquisa e exploração, ajudando a expandir o conhecimento do público e gerando soluções para um futuro mais sustentável.
Fundada há 5 anos pela estilista indígena Dayana Molina, a marca NALIMO é feita 100% por mulheres em todas as etapas de produção, priorizando diversidades e potencializando a igualdade social, e nasceu com o propósito de ser ambientalmente responsável e comprometida com as causas indígenas. Suas peças permeiam o estilo minimalista, confortável e consciente.
“Nos looks criados para a National Geographic, utilizei os tecidos como linhos, algodões e malhas com tecnologia orgânica e certificados pela Focus. Além disso, todo resíduo gerado no processo de produção foi utilizado de forma responsável como, por exemplo, criando os acessórios”, explica Dayana Molina.
“Entretanto, a sustentabilidade vai muito além dos tecidos ecológicos, ela está também correlacionada com o comprometimento do designer. Se ele é consciente, a moda pode ser regenerativa. E eu faço o melhor que posso para cooperar com um planeta saudável e um movimento que inspire mudanças genuínas”, complementa a estilista. “Na NALIMO a regra é criar com responsabilidade. Nenhuma roupa deveria ser mais importante que as pessoas e a natureza”, finaliza.
Já a SIODUHI STUDIO é uma marca projetada pelo estilista indígena Sioduhi – do povo Waíkahana (Piratapuya), do Território Indígena do Alto Rio Negro, Amazonas – que desenha peças agêneros com estilo utilitário, esportivo e contemporâneo, traduzindo e transmitindo o futurismo indígena.
A marca deseja alcançar todos indígenas e não indígenas que abraçam a causa originária, e tem como filosofia principal o respeito à dignidade e a vida de toda pessoa, humana e não humana.
“Nas peças da SIODUHI STUDIO, utilizamos algodão emborrachado (fio magnuslat) desenvolvida pela DaTribu, que há 5 anos trabalha com fios e tecidos de algodão emborrachados de látex, agregando novos valores e tecnologia ao conhecimento ancestral das comunidades ribeirinhas na Amazônia”, explica Sioduhi.
O estilista conta também que foi um desafio criar os looks para a National Geographic, mas ao mesmo tempo essencial, pois trabalhar com material têxtil inovador requer novas técnicas de execução.
“Além disso, representar a Amazônia por meio das criações é sinônimo de lembrar que dentro dela existem pessoas que estão diariamente lutando para mantê-la protegida, e elas precisam ser potencializadas de forma justa para que este ciclo de cuidado e zelo não tenha fim”, finaliza.