Esquartejador de Higienópolis: elas mataram e espalharam partes do corpo pelas ruas de São Paulo
Hoje vamos falar do caso de 2014, que ficou conhecido como “O Esquartejador de Higienópolis, onde, três mulheres mataram e esquartejaram o motorista de ônibus, Alvaro Pedroso, e espalharam partes de seu corpo pelas ruas de São Paulo.
Tudo começou na manhã de 23 de março de 2014, uma pessoa em situação de rua do bairro Higienópolis, vasculhava um saco de lixo abandonado na esquina das Ruas Sabará e Sergipe, e encontrou os membros superiores e inferiores de um cadáver masculino.
Policiais do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo foram acionados e se dirigiram ao local. Lá constataram que as falanges dos dedos haviam sido arrancadas, certamente para impedir a identificação da vítima pelas digitais.
Os agentes efetuaram buscas pela região, obtendo sucesso no encontro de outros sacos de lixo nas imediações, contendo as demais partes do cadáver, com exceção da cabeça, que somente foi localizada uma semana depois na Praça da Sé, reforçando o propósito do autor do crime de ocultar a identidade da vítima. Ao lado de um dos sacos havia um carrinho de mão, constituído de armação metálica e saco de lona, indicando que ele havia sido utilizado para o transporte do referido saco.
Os investigadores da equipe C-Leste da Divisão de Homicídios fizeram uma extensa varredura em toda a região, em busca de câmeras de monitoramento de condomínios, comércios e da Guarda Civil Metropolitana, até que localizaram imagens que auxiliaram nas investigações. As imagens flagraram três mulheres caminhando de madrugada, pela região do Cemitério da Consolação, carregando carrinhos de mão com sacos de lixo, iguais àqueles que continham as partes seccionadas do cadáver.
Enquanto isso, outra frente de investigação se encarregava de tentar identificar a vítima e fazer a prova de sua identidade. Utilizando fotografias do crânio e imagens da tomografia computadorizada realizada pelo IML, o Laboratório de Arte Forense da Unidade de Inteligência do Departamento de Homicídios realizou o trabalho de reconstrução digital em 3D do crânio e face da vítima.
A Delegacia de Pessoas Desaparecidas do DHPP cruzou as imagens com informações de desaparecidos, chegando à pessoa de Alvaro Pedroso, desparecido desde o dia do encontro das partes do cadáver. Familiares confirmaram a identidade da vítima, que posteriormente foi comprovada através de confronto de DNA.
Com a identidade confirmada, os policiais civis apuraram que a vítima era motorista de ônibus e mantinha um relacionamento extraconjugal com uma prostituta que residia no Centro de São Paulo.
Os policiais, então, efetuaram exaustivo trabalho de pesquisa e campo, logrando identificar a amante da vítima como sendo “Marlene Gomes”, apurando que os encontros amorosos de ambos ocorriam em um hotel situado no Largo do Paissandú. Os policiais verificaram que uma das mulheres vistas nas câmeras carregando partes do cadáver da vítima se tratava justamente de Marlene, e a outra, sua amiga, de prenome Francisca.
O delegado de polícia que presidia as investigações representou pela prisão temporária das duas, que restaram decretadas pela Justiça.
Presas, Marlene e Francisca confessaram a prática do crime, apontando o local em que a vítima foi esquartejada, tratando-se de um apartamento de propriedade de Marlene utilizado para fazer programas sexuais. Apontaram, ainda, a terceira participante do crime captada nas imagens, tratando-se da pessoa de prenome Márcia, que também restou presa.
As autoras alegaram que Álvaro mantinha Marlene em relacionamento abusivo. Além de seu ciúme excessivo, Álvaro à seviciava. Segundo Marlene, embora quisesse romper o relacionamento, tinha medo de Álvaro, pois ele à ameaçava de morte.
Na ocasião do crime, Marlene levou Álvaro à sua residência, e após ele ingressar no banheiro para tomar banho, Marlene golpeou a cabeça de Álvaro com uma machadinha. A vítima já caiu morta. Em seguida, utilizando-se de uma serra, Marlene seccionou o cadáver de Álvaro e acondicionou em sacos de lixo. Chamou então suas amigas Francisca e Márcia para auxiliarem à carregar as partes do cadáver aos locais onde foram localizados.
Marlene foi condenada a 19 anos de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, enquanto suas amigas, Francisca e Marcia, foram condenadas a dois anos, por ocultação de cadáver.
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