Senar discute produção em sistemas fertirrigados
Brasília (21/10/2021) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoveu a live “Altas Produções em Sistemas Fertirrigados”, na quinta (21).
O debate foi moderado pelo assessor técnico do Senar, Mauro Muzell, e contou com a participação dos engenheiros agrônomos e especialistas em fertirrigação Adolfo Moura, Carlos Barth e Luiz Dimenstein, que também é autor do livro “Manejo de Fertirrigação – Regra de Ouro da Fertirrigação”.
Fertirrigação é a aplicação de fertilizantes via água de irrigação. Sua alta eficiência e economia estão entre as principais vantagens, além da possibilidade de aplicação de nutrientes em quantidades menores e com maior frequência, o que permite a manutenção de teores adequados no solo durante todo o ciclo da cultura.
O encontro foi dividido em três eixos de discussão: conhecimento sobre fertirrigação, resultados agronômicos – aplicabilidade – e dimensionamento, equipamentos e eficiência operacional.
Luiz Dimenstein falou sobre o conhecimento aplicado da fertirrigação no Brasil, tanto por produtores quanto por técnicos. Ele destacou a importância de diferenciar quantidade (Kg/hectare) e concentração (g/m³) e explicou a importância da condutividade elétrica para ajustes das fertirrigações.
“Temos que discutir muito mais fertirrigação porque é a bola da vez. Com os preços dos fertilizantes que virão em 2022 tão mais caros do que nas safras anteriores, otimizar o uso desses fertilizantes evitando o desperdício é a chave da sobrevivência de quem quiser estar no agronegócio”, afirmou.
O engenheiro agrônomo Adolfo Moura abordou os resultados obtidos em áreas irrigadas com e sem fertirrigação. Ele apresentou dados sobre as diferentes produtividades alcançadas em culturas como coqueiro anão, cacau, banana, cebola e tomate.
“O que preocupa é que a extensão rural não está preparada para falar de fertirrigação. A maioria dos agrônomos que atuam nessa área vai trabalhar com adubação de sequeiro. Precisamos capacitar esse pessoal para tornar mais popular ainda a ciência da fertirrigação”, disse.
Carlos Barth analisou as vantagens da utilização de um sistema de fertirrigação bem dimensionado. O especialista fez uma apresentação sobre equipamentos e eficiência operacional, explicando pontos como principais nutrientes, injetor de fertilizantes, Teste do Jarro (Jar Test) e salinidade.
No final do encontro, Mauro Muzell ressaltou que o Senar oferece capacitação especializada na área através do Programa Agricultura Irrigada. Também é possível conhecer mais sobre o tema através da cartilha “Irrigação: fertirrigação e reúso de efluentes”.
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