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Lina Mendes fala ao iG sobre dublagem de diversos personagens de séries e filmes

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Lina Mendes fala ao iG sobre dublagem de diversos personagens de séries e filmes


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Lina Mendes
Rejane Wolff

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Com trinta e quatro anos de idade e vinte e três de carreira, a atriz, cantora soprano e dubladora Lina Mendes é a dona da voz da Raya, protagonista de “Raya e o Último Dragão”, da Violeta, de “Os Incríveis”, da Coraline, de “Coraline e o Mundo Secreto”, da Izzy, do recém-lançado “My Little Pony”, além da She-Ra, da série da Netflix “She-Ra e as Princesas do Poder”.

Mas, em seu currículo, também constam dezenas de participações em espetáculos aclamados pelo Brasil, como “O Fantasma da Ópera”, que lotou 400 apresentações no Teatro Renault, de 2018 a 2019. Já no exterior, integrou a Accademia Teatro Alla Scala, em Milão, e o  Centre de Perfeccionament del Palau de les Arts, em Valência, na Espanha, onde fez seu début com grande sucesso, atuando em “La Boheme” e “Idomeneo”.

A fim de revisitar a carreira e falar sobre as sessões presenciais em “The Rake’s Progress” (Stravinsky), no Theatro Municipal de São Paulo, na ópera “Il Signor Bruschino”, no Theatro São Pedro, e num recital de canto e piano no Teatro de Santa Izabel, em Recife, a carioca bateu um papo exclusivo com o site.  Confira os melhores momentos na íntegra!


1. Você já deu voz a muitos personagens de filmes, séries, games e novelas estrangeiras. Como começou a carreira de dubladora?

Foi aos nove anos com a diretora Marlene Costa, nos estúdios Double Sound. Na época, fazia parte do coro infantil da UFRJ, e a maestrina Maria José Chevitarese me indicou ao produtor musical Marcelo Coutinho para cantar um jingle no especial de Natal do Renato Aragão. Aí sugeriu à minha mãe que eu fizesse o curso de dublagem que ia começar no estúdio dele. Sou muito grata a ele por esse começo. 

2. Você já passou por situações em que foi reconhecida por sua voz?

Não, mas, sempre que perguntam a minha profissão e digo que, além de cantora, sou dubladora, isso gera muita curiosidade, e começam a me pedir para falar com a voz que faço para os personagens. Quando reproduzo, as pessoas reconhecem e ficam impressionadas, adoram. 

3. Muitos trabalhos sofreram alterações em tempos de isolamento social. Como isso interferiu na sua área?

O setor cultural foi muito afetado e um dos últimos a poder realmente voltar. Foi um período difícil. Tive espetáculos cancelados ou adiados com mudança de datas. Os estúdios também ficaram fechados por um tempo até começarmos a dublar remotamente, o que, no meu caso, me permitiu trabalhar durante o período pandêmico.

4. Com a pandemia, o  streaming , inclusive, ganhou mais força. Como você analisa o mercado de dubladores para quem deseja entrar nele?

Sim, cresceu bastante, e acho que o mais importante é investir em cursos de teatro e de dublagem para estar bem preparado e, assim, poder se manter na carreira. 

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5. E, com formação como atriz, você ainda cogita fazer trabalhos na área (e não só dar voz a personagens)?

Sim, tenho muito interesse por TV, teatro e cinema e não descarto essa possibilidade. Inclusive, neste ano, participei do 23° Festival de Ópera de Manaus on-line, e foi no formato filme, juntando áreas que aprecio bastante.

6. Estamos num momento de volta dos espetáculos presenciais, e você já tem várias apresentações agendadas para as próximas semanas. Fale sobre sua expectativa.

Estou bastante otimista e feliz com esse regresso e, principalmente, com o público presente. Retomei o trabalho no palco do Theatro Municipal de São Paulo no último dia 10, com a ópera “The Rake’s Progress”, que destacou a reabertura do espaço com 100% da sua capacidade. E também retorno ao Theatro São Pedro em dezembro com “Il Signor Bruschino”. Ainda assim, seguimos diversos protocolos durante todo o processo, como uso de máscaras nos ensaios e testagem diária. 

7. Apresentações de canto lírico têm um público específico e restrito no Brasil. A que você atribui essa situação? E como acha que isso pode mudar? 

A ópera é vista como elitista por ter nascido na Europa e por estar na maioria das vezes associada a pessoas com alto poder aquisitivo, que conseguem ter acesso a essa cultura e consumi-la. Mas acho que essa ideia a afasta ainda mais de todos. Deveríamos pensar em apresentá-la desde cedo às crianças, principalmente, nas escolas, em comunidades, levando-a a todos e desenvolvendo o saber ouvir. Com o meu trabalho no musical e na dublagem, muitos fãs me assistem nos concertos e passam a conhecer e a gostar também.

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8. Aliás, você começou a cantar bem cedo. Por que escolheu o canto lírico?  

A primeira vez que conheci uma ópera foi quando fiz parte do coro infantil da “La Boheme”, de Puccini. Lembro-me da sensação de ver figurinos, cenários, orquestra, cantores. Fiquei extasiada, mas ainda não imaginava que ia seguir a carreira. Continuei no coral e, quando fui chamada para dar voz ao primeiro gênio, de “A Flauta Mágica”, de Mozart, no Rio, decidi que queria fazer faculdade voltada para essa área e enveredar por esse caminho. 

9. Você estrelou “O Fantasma da Ópera”, que é uma obra aclamada pelo mundo. Como é a preparação para cantar e interpretar e até dançar num espetáculo?

Pelo porte e por ele ser exatamente como o da Broadway, é bem intensa. Inclusive, são os diretores de lá que nos ensaiam juntamente à equipe brasileira. Foram dois meses de ensaios diários até a estreia, preparando o corpo e a voz para uma temporada de um ano e meio. 

10. Com carreira internacional de sucesso em óperas na Europa, há planos para Broadway?

Por enquanto, não tenho nada concreto, mas não descarto essa possibilidade. Seria um sonho. 

Fonte: IG GENTE

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