Seguradora busca clientes que costumam ser negados pelas concorrentes
Se fosse fácil contratar um seguro para o carro, para a moto ou para o caminhão, a esmagadora maioria dos veículos e condutores brasileiros teriam algum tipo de cobertura. Isso não ocorre por uma série de fatores. A maior parte deles esbarra nas estritas regras de subscrição e de aceitação da maioria das seguradoras.
O cliente muitas vezes é negado, ou aceito com ressalvas que limitarão sua cobertura, se não é o próprio automóvel que não passa no crivo da seguradora . Quantos veículos que estão pelas ruas não têm menos de 5 anos, não são de motoristas de aplicativos e motofretistas, entre outros? Pois esses e muitos outros perfis costumam enfrentar dificuldades na hora de procurar proteção e cobertura.
Diante desse “gargalo”, muitas seguradoras de menor porte começaram a surgir nos últimos anos, visando atender as excessões, que apesar disso, não são nem um pouco minoria. A competição entre elas se intensifica cada vez mais, ao passo que ainda não vemos tantas seguradoras dentre as grandes com tanta coragem para quebrar certos paradigmas.
Isso até o momento, pois a seguradora Suhai , uma das grandes, fez contato com a redação do iG carros para mostrar que, ao contrário das demais, seu foco é não fazer qualquer distinção entre carros/clientes bons e ruins. Já pensou você fazer seguro para o seu Gol quadrado ou para o Opalão? Ou para carros modificados? Nos parece animador.
Além disso, aproveitamos a oportunidade para esclarecer mais dúvidas e trazer informações pertinentes sobre esse técnico universo. Desse modo, Marcelo Romano , diretor de parcerias e novos negócios da seguradora Suhai , se dispôs ao nosso bate-papo do podcast de hoje. Ouça a seguir.
Foco no aumento da participação
Marcelo conta que a seguradora já surgiu com a intenção de incluir quantos clientes puder, e que esse é o grande diferencial ante as concorrentes. “Nascemos com a proposta de trazer proteção a todos os brasileiros e superar a aceitação de seguro dos nossos concorrentes”, afirma o executivo.
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“Veja que 95% das motos do Brasil não tem seguro, 72% dos carros também não e tampouco 89% dos caminhões. Diante desses dados, a Suhai se propõe a democratizar o seguro e ampliar a participação. Então somos líderes de aceitação, preços e assertividade entre clientes com motos de baixa cilindrada, caminhões, condutores com veículos de 5 anos ou mais, carros com modificações, rebaixados, blindados, novos e seminovos, com histórico de sinistro , além de perfis de clientes com dificuldade de aceitação”, complementa.
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Importante lembrar do papel que tem fidelização para qualquer tipo de negócio. Ainda mais quando há diversos riscos envolvidos. “ Vale destacar o nosso trabalho com os motofretistas e motoristas de aplicativo, que têm dado excelentes respaldos para nós, tanto de satisfação por aceitá-los (muitas vezes são negados por outras seguradoras), como também com relação aos preços cobrados. Além da capacidade de recuperação dos bens, conseguimos otimizar as nossas operações para reduzir o repasse dos custos o cliente final”, diz o diretor.
Perguntamos sobre a relação que há entre clientes, corretores e a seguradora, uma vez que sabemos como esses profissionais intermediários muitas vezes se apegam nos produtos mais tradicionais, e tanto seguradora, quanto corretor e cliente saem perdendo. Quando o cliente é rejeitado pela seguradora, como ele poderia encontrar aquela que não o deixará de lado? Marcelo Romano esclarece também essas e mais dúvidas.
O diretor afirma que “Historicamente a gente tem a maior aceitação do mercado com relação aos diferentes públicos. Quando se deparam com dificuldade de aceitação em outras seguradoras, os corretores trazem o cliente para a Suhai, porque sabem que muito frequentemente aceitamos os riscos que as outras rejeitam”. Mas a Suhai também rejeita os clientes? Se sim, em quais circunstâncias?
“Importante não é só olhar o veículo em si, mas o tipo de utilização e aspectos técnicos específicos do veículo e do condutor. Poderá haver alguma recusa se algum aspecto estiver fora da conformidade imposta pela Suhai, mas casos como esse acabam sendo bem raros para nós”, afirma.
“Mas vale ressaltar que costumamos orientar aos clientes que já asseguramos, que realizam alguma modificação no modo de uso do veículo ou do próprio veículo, que entre novamente em contato com a gente para atualizar o contrato para, assim, manter sua cobertura”, complementa.
Além dos entraves e custos envolvidos entre clientes e seguradoras, ter um automóvel no Brasil não é fácil devido aos preços, manutenção, reabastecimento, más condições das vias, e até por conta da economia não estar favorável àqueles que dependem do meio de transporte para o próprio sustento. Será que um dia veremos produtos de seguradoras se tornarem cada vez mais populares? Isso é algo de desejo para muitos condutores.