Covid-19: Rio de Janeiro amplia centros de testagem
Com a chegada da variante Ômicron do novo coronavírus na cidade do Rio de Janeiro, gerando aumento exponencial de casos de covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde recomendou que todas as pessoas que tenham sintomas gripais façam o teste de detecção da doença. O anúncio foi feito pela conta do Twitter da pasta.
“Apareceu algum sintoma gripal? Faça o teste para covid-19 em qualquer clínica da família, centro municipal de saúde ou centro para testagem e atendimento. Os pacientes são classificados, atendidos e realizam o teste nos casos em que haja indicação clínica”, informou a SMS.
A recomendação de testagem é para todos que tiverem sintomas como febre, calafrio, tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça, alteração no olfato e/ou paladar e para quem teve contato com casos positivados do novo coronavírus. A SMS informou que tem em estoque 450 mil testes de covid-19.
Além das Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde, que atendem de segunda a sexta de 8h às 17h e nos sábados das 8h às 12h, a prefeitura abriu seis centros de testagem:
De segunda a domingo (8h às 17h):
Parque Olímpico da Barra
Vila Olímpica do Alemão
Vila Olímpica de Honório Gurgel
Policlínica Rodolpho Rocco em Del Castilho
De segunda a sexta-feira (8h às 17h):
Policlínica Manoel Guilherme da Silveira Filho em Bangu
Unidade Ambulatorial Almir Dulton em Campo Grande
Hoje (6), o secretário Daniel Soranz inaugura o novo centro de atendimento a pacientes com síndrome gripal no Clube Municipal do Servidor, na Cidade Nova, Centro do Rio de Janeiro.
Em resolução publicada ontem, a SMS determina que “a realização do teste de antígeno deve ser desburocratizada ao máximo” e que, para isso, “todos os profissionais de saúde poderão preencher a solicitação de testagem mesmo sem realização de consulta médica”.
Os painéis da SMS de acompanhamento da pandemia indicam que em meados de dezembro a média móvel de sete dias no registro de novos casos de covid-19 ficou abaixo de 20, mas desde os últimos dias do ano a curva vem subindo de forma acentuada e nesta semana a média móvel passou de 750 casos por dia. Por outro lado, a média móvel de óbitos pela doença está zerado desde o dia 25 de dezembro.
Quanto ao percentual de testes para covid-19 que deram positivo, entre o fim de novembro e o meio de dezembro o indicador estava em 1%, na primeira semana de janeiro subiu para 41%.
Também pelo Twitter, o prefeito Eduardo Paes informou que das seis pessoas que foram internadas na terça-feira com covid-19 na rede municipal, cinco não tinham se vacinado. Na população total da cidade, 87,7% receberam a primeira dose, 80,9% estão com as duas doses ou dose única e 24,8% já tomou a dose de reforço. Dentro da população adulta, a partir dos 18 anos, os indicadores estão em 99,9% com a primeira dose, 96,9% com o esquema completo e 31,7% com o reforço. Incluindo os adolescentes de 12 a 17 anos, já são 99,9% com a primeira dose e 94,5% com duas doses da imunização contra a covid-19.
Rede estadual
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) anunciou que vai abrir, a partir de amanhã (7), seis centros de testagem para covid-19, indicado para pessoas com sintomas leves ou que tiveram contato com doentes confirmados.
O exame poderá ser feito de segunda a domingo, das 8h às 18h, em estruturas anexas às unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Bangu, Campo Grande e Jacarepaguá, na zona oeste da capital, e Tijuca, Penha e Marechal Hermes, na zona norte. A SES vai aplicar testes rápidos de antígeno e RT-PCR, para monitoramento do cenário epidemiológico. Serão distribuídas 150 senhas por dia em cada unidade.
Segundo a SES, um sistema de marcação online está em fase de finalização e deve entrar no ar no domingo (9), no site da secretaria. A previsão é que, a partir de segunda-feira (10), o atendimento passe a ser feito apenas por meio de agendamento.
A indicação da secretaria para pacientes com sintomas moderados a graves, como febre acima de 37,5 graus e dificuldades respiratórias, é que procurem uma UPA ou emergência hospitalar para passarem por atendimento médico para avaliar o quadro de saúde.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, o objetivo é diagnosticar o máximo de pessoas, para que possam fazer o isolamento social.
“Com o aumento de casos de covid-19 em função da circulação da variante Ômicron, vimos a necessidade de realizar a testagem também em pessoas com sintomas leves, que muitas vezes não procuram atendimento médico”.
Mesmo com sintomas leves ou assintomáticas, quem testar positivo para covid-19 deve fazer quarentena de 10 dias a partir do primeiro dia de sintomas. Estão mantidas as medidas de enfrentamento, como uso de máscaras, lavagem frequente das mãos, uso de álcool gel e evitar aglomerações, além de completar o esquema vacinal com a dose de reforço, de acordo com o calendário previsto.
Edição: Valéria Aguiar