Investimento em tecnologia é principal responsável pelo desenvolvimento na produção de alimentos em Mato Grosso do Sul
Produção de grãos aumentou aproximadamente 19 vezes em pouco mais de 4 décadas. A proteína animal também teve crescimento, em pouco mais de 2 décadas foram 83,2%
Iniciativas de instituições privadas, estímulos do poder público e desenvolvimento de pesquisas são responsáveis por gerar informações e possibilitam os produtores rurais a avançar em produção, de acordo com o departamento técnico do Sistema Famasul.
Em pouco mais de quatro décadas, a produção agrícola de Mato Grosso do Sul aumentou aproximadamente 19 vezes. Na safra 1977/1978 o estado produzia 987,2 mil toneladas de grãos, na safra 2020/2021 o volume superou 18,9 milhões de toneladas, crescimento de 1.816,9%. O resultado foi três vezes superior ao avanço da produção brasileira de grãos que cresceu 568,4% nesse período.
Segundo a analista técnica, Tamiris Azoia, o crescimento robusto na produção do estado é resultado do aumento da produtividade que foi de 360,8% em 44 safras. “O ganho em produtividade é fruto do investimento contínuo em ciência, tecnologia e inovação que se traduz no avanço das técnicas adequadas de adubação, correção e práticas conservacionistas do solo, acrescido do desenvolvimento genético de novas cultivares, aplicação de produtos fitossanitários menos poluentes e mais efetivos no controle de pragas e doenças, bem como no avanço da mecanização, que trouxe ao mercado máquinas mais inteligentes e eficientes, e na capacitação contínua de mão-de-obra para o campo”, explica.
A produção de Mato Grosso do Sul é suficiente para atender a demanda interna e gera excedente para comercialização com outras Unidades da Federação e para exportação. A produção de milho se converge com a de suínos e aves, gerando aumento da demanda pelo grão, por ser ingrediente na composição da ração para os animais. A criação de bovinos também se utiliza do milho para suplementar animais.
“Essas commodities são versáteis porque são utilizadas para consumo humano e para consumo animal. A sua disponibilidade para o consumo animal se converte em produção de proteína”, destaca a analista técnica, Eliamar Oliveira.
De acordo com o IBGE, Mato Grosso do Sul produziu 1,5 milhão de toneladas de carne bovina, suína e de frango em 2021. Em 24 anos de acompanhamento, houve crescimento de 83,2%, considerando as 822 mil toneladas produzidas em 1997.
A produção sul-mato-grossense de carne bovina, suína e de frango ocupa a 8ª posição no ranking nacional, atende o mercado local, nacional e participa da balança comercial brasileira com os embarques para o mercado externo. No ano de 2021 o estado vendeu mais de 400 mil toneladas dessas três proteínas e faturou US$ 1,2 bilhão demonstrando avanço expressivo de 5.234,9% na receita quando há 24 anos, em 1997, faturou US$ 24 milhões com as exportações de carne bovina, suína e de frango.
“A evolução dos números da agropecuária e do agronegócio de MS deixa claro quão relevantes eles são para o desenvolvimento socioeconômico do estado”, finaliza, Eliamar Oliveira.