Pedro Scooby cobra R$ 90 mil de fãs que queiram tirar férias com ele
Quer tirar férias ao lado de Pedro Scooby, num paraíso da costa brasileira, por cinco dias? Então desembolse R$ 90 mil. É esse o valor de um dos NFTs (ou “non fungible tokens” — tokens não fungíveis, na tradução para o português) que o surfista e ex-BBB lançou nesta sexta-feira (29).
O atleta carioca colocou à venda 30 mil ativos digitais, por meio de um site especializado em peças virtuais autenticadas digitalmente. Cada um desses NFTs oferece benefícios diferentes aos compradores. O mais caro, no valor de 15.500 matic (ou cerca de R$ 90 mil, fazendo a conversão da criptomoeda), dá direito à tal viagem com Scooby, com interação de celebridades em almoços, jantares e festas, além de um brinde exclusivo com assinatura do surfista. Há 20 NFTs disponíveis desse tipo.
Os mais baratos saem ao valor de 124 matic (ou cerca de R$ 720), e oferecem prioridade na compra de lançamentos futuros e a chance de ganhar o NFT mais caro, que dá direito à viagem, por meio de um sorteio. Há 18 mil unidades dessas peças à venda.
Outros NFTs oferecem regalias como encontros regulares com Pedro Scooby. O surfista pôs à venda 730 peças, no valor médio de R$ 7,2 mil, que dão direito a uma festa exclusiva entre Scooby e os compradores. Outros 2.250 NFTs, comercializados a R$ 3,6 mil, são convertidos em encontros ao vivo com Pedro Scooby por no mínimo 1 hora, uma vez por mês durante seis meses (com até mil participantes por vez), e em que Scooby vai tirar dúvidas e interagir com o público on-line.
Como funcionam os NFTs?
O mercado de NFTs, que inicialmente surgiu para formalizar a venda e a revenda de obras de arte digitais na internet, agora tem movimentado milhões de dólares ao aproximar fãs e ídolos.
Hoje, qualquer artigo não palpável pode ser comercializado por meio desse sistema. Incluem-se aí não apenas pinturas criadas digitalmente, por exemplo, mas vídeos, músicas, GIFs, memes, tuítes, personagens de games e até mesmo o tempo de celebridades.
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Os NFTs (ou ativos digitais, como podem ser chamados) garantem determinados benefícios aos compradores e podem ser (re)comercializados como propriedades insubstituíveis, algo garantido por meio de um sistema criptografado chamado blockchain.
Especialistas afirmam que a nova tecnologia é um papel em branco aberto a possibilidades infinitas. De 2017 pra cá, muita coisa tem sido vendida e revendida neste formato. Houve quem comprasse bizarrices como o código genético de um cientista americano e uma escultura invisível, idealizada por um artista plástico italiano, representada pela fotografia de um chão vazio.
Coleção de NFT mais valiosa no mundo, o Bored Ape Yacht Club disponibiliza aos compradores figurinhas digitais de macacos. O cantor canadense Justin Bieber, de 27 anos, desembolsou US$ 1,29 milhão, o equivalente a R$ 6,9 milhões, para se apropriar de um dos bichos. Neymar adquiriu a figura de outros dois animais pelo valor equivalente a R$ 6,2 milhões.
O motivo? Quem coleciona os bichinhos digitais — gente como o apresentador Jimmy Fallon, os rappers Eminem, Snoop Dogg e Post Malone, a socialite Paris Hilton e a tenista Serena Williams — integra um seleto clube com acesso a eventos exclusivos.
É mais ou menos isso o que propõe a coleção lançada por Pedro Scooby. A ideia do surfista é criar uma rede exclusiva entre seus admiradores. E também gerar um mercado lucrativo associado à sua imagem, já que todos os NFTs poderão ser revendidos posteriormente — apenas o primeiro comprador dos ativos receberá, de modo vitalício, um royalty de 1% sempre que o NFT trocar de mãos.