Polícia prende mulher de 32 anos após morte de jogador de futebol em Limeira
A Polícia Militar prendeu uma mulher de 32 anos que estava no bar onde o jogador de futebol amador Tiago Alessandro Camilo, de 40 anos, estava quando foi morto, em Limeira (SP), no último sábado (2). Após o crime, o corpo da vítima foi carbonizado dentro de um carro.
A prisão ocorreu em cumprimento de mandado de prisão temporária. A mulher presa é a mesma que foi ouvida pela Polícia Civil na quarta-feira (6) e teria um relacionamento com o suspeito de praticar o crime.
Uma equipe da Polícia Militar recebeu informação de que a procurada pela Justiça estava na Rua José Bonifácio de Souza Filho, no bairro Ernesto Kühl, e a encontrou no local onde foi informada do mandado e não ofereceu resistência, segundo os PMs.
“Eu representei pela prisão temporária porque entendo que é necessário para garantir o melhor resultado das investigações. Os policiais militares encontraram ela no bairro e nos informaram. Eu informei a existência dos mandado e pedi que eles a apresentassem na DIG [Delegacia de Investigações Gerais], para encaminhar ela para a cadeia pública pelo prazo de 30 dias”, explicou o delegado Leonardo Burger, da DIG.
Ela foi levada para realizar exames clínicos e posteriormente à sede da DIG, onde permaneceu presa.
Advogado dela, Donizete de Oliveira considerou a prisão arbitrária. “No ponto de vista nosso é realmente descabida, porque não apresenta requisitos para decretação da prisão temporária, já que os dois [a mulher presa e outro homem que prestou depoimento à polícia, também representado pelo defensor] já foram ouvidos e o próprio delegado entendeu que eles são vítimas e testemunhas do fato. [A mulher presa] todo tempo sofreu ameaças, era para ela ter tido a vida ceifada. Por circunstânias alheias, só um teve”, apontou
Ele afirmou que vai pedir a liberdade dela durante audiência de custódia, nesta sexta-feira (8). “Porque os dois estão colaborando, tem endereço fixo, se eles tivessem alguma ligação em relação ao crime em si, ao fato, eles teriam deixado o local”, completou.
Investigação de possível crime passional
A investigação trabalha com hipótese de crime passional. O policial militar, Willian de Azevedo, que atendeu o caso, afirma que a mulher presa, quando foi ouvida na quarta, relatou que eles estavam reunidos no bar, bebendo, e que a vítima era frequentadora do local.
“A mulher disse que se assustou, tentou correr e foi contida por ele pra que não saísse do local, que ele iria até um posto de combustível buscar o álcool para atear fogo e ocultar o cadáver. Nesse momento, o suspeito o vinha subindo a rua e solicitou ao outro homem que ajudasse com o corpo, que daria daria R$ 50. O homem buscou o combustível, voltou, colocou o carro de ré nesse bar que era de sua propriedade e carregaram o corpo no porta-malas. Nesse momento, ele se encaminhou até o local da desova do corpo. As duas partes permaneceram no bar esperando o contato telefônico para que pudessem buscar o autor”, relatou o policial militar.
De acordo com depoimento da mulher à polícia, ela teria ido buscar dois homens depois que eles deixaram o corpo queimado na área verde.
A vítima, de acordo com a polícia, morreu antes de ter o corpo queimado no porta-malas do próprio veículo. Uma câmera de segurança gravou o momento em que o autor do crime leva o carro do ex-jogador já morto até um canavial. – Veja no vídeo acima.
Na manhã de quarta-feira, além da mulher presa nesta quinta, também foi ouvido pela Polícia Civil um homem que teria recebido dinheiro para esconder o crime.
Localização do corpo
Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) foram chamados por pessoas que viram o carro pegando fogo em uma área verde, por volta das 4h da madrugada, às margens da Avenida Antônio de Luna, no Jardim Lagoa Nova. As chamas foram controladas e o corpo carbonizado estava no porta-malas, com as mãos amarradas.
O irmão da vítima reconheceu algumas roupas e o aparelho celular que estava no carro. A família da vítima já tinha registrado um boletim de ocorrência do desaparecimento do carro de Thiago. Segundo o parente, na sexta passada ele saiu para trabalhar e não voltou mais.