Foi de sua experiência pessoal com a depressão que a engenheira civil Tatiana Pimenta tirou a ideia de construir um negócio até então inédito no mercado: uma healthtech para unir psicólogos a pacientes. A Vittude, fundada em parceria com Everton Höpner (COO), está completando 6 anos com números expressivos. São mais de 500 mil consultas realizadas em sua plataforma, que somam 30 milhões de minutos de terapia.
A Vittude gerou mais de R$32 milhões de renda a cerca de 2900 psicólogos ao longo da sua história. Com clientes como Grupo Boticário, Banco do Brasil, SAP e Telhanorte Tumelero em seu portfólio, ao todo são mais de 170 empresas que confiam na Vittude para levar saúde mental aos seus colaboradores.
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“Eu tive uma experiência péssima quando sofri de depressão, a gente não quer falar do assunto, não tem vontade de levantar, quando decidi buscar ajuda tentei o plano de saúde, mas foram vivências muito ruins. Decidi criar algo que pudesse facilitar o acesso a um profissional de saúde mental”, lembra a empresária.
A plataforma chegou oferecendo suporte aos psicólogos, com agenda online, consultório virtual, prontuário eletrônico, serviços pelos quais eles pagam para usar. Na outra ponta, vieram as empresas, com as demandas de seus funcionários.
“A pandamia chegou em março de 2020 e a gente tinha sete clientes. A necessidade de cuidar da saúde mental surgiu, ganhou urgência, as pessoas estavam morrendo, muitos em trabalho remoto e isolamento social, convivendo com a ansiedade, cansaço, exaustão. A demanda explodiu. De 7 passamos para 170 clientes. As coisas aconteciam em uma velocidade muito rápida, foi um furacão”, lembra. Sair para captar recursos foi um percurso natural e ela conseguiu uma injeção de grana.
Durante sua trajetória, a Vittude teve grandes marcos de reconhecimento como os aportes recebidos pela Redpoint eventures, pelo Scale Up Ventures da Endeavor e também pela Crescera Capital que, juntos, somam mais de R$ 40 milhões.
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“A Vittude foi pioneira no segmento de psicologia online no Brasil e uma das grandes articuladoras da regulamentação do serviço em 2018, dois anos antes da pandemia. Construir uma empresa em um setor rodeado de estigma é desafiador, mas ao mesmo tempo gratificante, especialmente para uma pessoa que já conviveu com um quadro de depressão”, explica.
Pimenta esclarece que o trabalho sempre foi pautado na curadoria dos profissionais de psicologia, de modo a garantir à população uma experiência diferenciada e positiva no momento da consulta. “A mente humana é sofisticada, demanda conhecimento especializado e competência técnica para seu manejo. Por essa razão, sempre investimos em ter profissionais experientes e muito bem capacitados junto conosco”, afirma.
Para as empresas, passou a oferecer soluções corporativas para os interessados em investir na saúde mental de seus funcionários. Pimenta garante que esse movimento vai explodir quando entrar em vigor a determinação da OMS (Organização Mundial de Saúde) que classifica o bornout como uma doença ocupacional. A Vittude faz todo um diagnóstico da situação e avaliação de segurança psicológica.
“É mais barato subsidiar a sessão de terapia do funcionário do que arcar com os danos de um problema de saúde mental. A gente monta um projeto e há empresas que subsidiam integralmente o atendimento aos colaboradores, com 4 consultas por mês (como faz o Banco do Brasil, por exemplo). O sinistro médico reduz, a empresa economiza”, explica a empresária.
“Queremos nos consolidar como a empresa parceira dos nossos clientes no âmbito de saúde mental, que oferece suporte e serviços de alta qualidade para empresas e seus funcionários”, conclui Tatiana Pimenta.
Fonte: IG Mulher