“Quem trabalha não envelhece.” A dica vem de uma jovial Olga Kos, que há 15 anos está à frente do Instituto que leva seu nome, criado por ela e seu parceiro Wolf Kos, e que promove inclusão por meio de oficinas de artes e esportes. Aos 70 anos, Olga não esconde a satisfação com sua escolha e diz para quem quiser ouvir: “O Instituto é tudo pra mim”.
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O Instituto Olga Kos (IOK) é sinônimo de inclusão e diversidade, uma instituição que trabalha no atendimento de pessoas com deficiência, vulneráveis socialmente (ou em ambas as condições) na cidade de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Conhecida por sua discrição pessoal e profissional, Olga é médica pediatra por formação. Wolf é engenheiro. Mas juntos se uniram para cuidar dos outros. Olga Kos é também mãe de dois filhos e avó de três netos, um deles diagnosticado com autismo.
Como eles foram parar nesse negócio? Em 2007 Wolf Kos enfrentou o período de um ano de internação hospitalar, quando começaram a acompanhar a novela ‘Páginas da Vida’, trama que tinha a personagem Clarinha, vivida pela atriz Joana Mocarzel, que tem Síndrome de Down. Esta história comoveu o Brasil inteiro ao representar o cotidiano de uma criança que enfrenta vários obstáculos motivados pelo preconceito que esta condição provoca ainda hoje. E foi ali, assistindo a novela, que o casal percebeu que a criação de uma entidade que apoiasse pessoas como Clarinha era fundamental.
Neste contexto, o casal Kos fez um “voto” de que se o marido saísse com saúde do hospital, se dedicariam à causa. Quinze anos já se passaram e o Instituto Olga Kos se tornou referência nacional em projetos de inclusão social que oferece apoio às pessoas com deficiência intelectual e vulneráveis sociais. Muitos beneficiários têm suas histórias transformadas, e o seu potencial revelado, são muitos casos de participantes que se tornaram notório saber em artes marciais, instrutores, receberam oportunidades de emprego e renda dentro e fora da instituição. “Eles são maravilhosos”, derrete-se Olga ao falar dos participantes.
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O Instituto não parou nem na pandemia, quando as oficinas foram dadas online para os frequentadores. “Nossos programas incluem dança, música, teatro, passeios pedagógicos, idas ao cinema, promovemos a inclusão e a socialização dos atendidos”, ressalta Olga.
O Instituto Olga Kos, além das oficinas de artes e esportes, promove exposições, 2 corridas de rua anuais que agregam aproximadamente 18 mil pessoas em torno da ideia da inclusão. Através do estímulo à pesquisa e ao conhecimento, os projetos desenvolvidos pelo IOK também se ampliaram e a instituição foi a responsável pela criação do primeiro concurso público para pessoas com deficiência.
Seguindo uma linha que amplia sua atuação, valoriza a pesquisa científica e estimula o conhecimento, o IOK também foi a primeira instituição a lançar uma ferramenta (reconhecida pelo Inmetro e pela OEI – Organização dos Estados Ibero Americanos) que tem como objetivo mensurar o ‘S’ que representa o aspecto ‘social’ presente na sigla ESG (Environmental, social and Governance) que busca implementar práticas de governança corporativa mais humanizadas em empresas, instituições e demais locais de trabalho.
“A gente não pode parar”, ensina Olga, enquanto mostra uma coleção de troféus conquistados pelo Instituto. “É um grande barato saber que está dando certo e que estamos ajudando muita gente.”
Fonte: IG Mulher