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Pelo preço de dois Kwid topo de linha, a versão elétrica vale a pena?

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Renault Kwid E-Tech: Subcompacto mostra suas aptidões para um excelente uso na cidade. Mas vale o que custa?
Guilherme Menezes/ iG Carros

Renault Kwid E-Tech: Subcompacto mostra suas aptidões para um excelente uso na cidade. Mas vale o que custa?

A disputa pelos carros elétricos mais em conta do Brasil está cada vez mais acirrada. Ainda que nenhum deles possa ser considerado “barato”, o primeiro deles no Brasil — o JAC E-JS1 (R$ 159.900) — foi superado pelo carro dos nossos testes, o Renault Kwid E-Tech (R$ 146.990). Atualmente, tem o menor preço que se pode pagar por um carro da categoria. Como se sai no dia-a-dia?

As similaridades com o Kwid na versão de topo com motor a combustão (Outsider) são bem grandes. Até porque, querendo ou não, ainda é um Kwid. As maiores mudanças percebidas estão nas características dinâmicas, na ausência de marchas , vazão na grade dianteira e os apliques exclusivos da versão E-Tech .

Os custos envolvidos também são outros. Enquanto o Kwid Outsider (R$ 71.990) faz ótimos 15,3 km/l com gasolina e 10,8 km/l com etanol na cidade e, na estrada, 15,7 km/l e 11 km/l, respectivamente (segundo o Inmetro), a Renault diz que cada quilômetro rodado com o Kwid elétrico custa R$ 0,06 (seis centavos), quando o custo do kWh está nos R$ 0,66.

A fabricante também diz que é capaz de uma autonomia de 321 km em ciclo urbano , e é equipado com uma bateria de 26,8 kWh, que transmite energia para o motor de 65 cv. Desse modo, é capaz de ir de 0 a 50 km/h em 4,1 segundos, pelos testes da própria Renault.

Interessante é que há três possibilidades de recarga. O Kwid elétrico é capaz de conseguir 190 km de autonomia em 9 horas quando carregado em uma tomada 220v aterrada. Em carregadores do tipo Wall Box, isso cai para 3 horas.

Já nos aparelhos de corrente contínua (DC), a carga dos 15% aos 80% acontece em 40 minutos. Em nossos testes, utilizamos uma tomada 110v para carregar de 89% até os 100% no tempo total de 1h50 .

Mais similaridades e diferenças

O espaço interno permanece o mesmo. Entretanto, a versão elétrica do Kwid recebe airbag de cortina, sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré. A central multimídia também é a mesma. O principal sobre ela é que trata-se de um equipamento fácil de manusear, com compatibilidade com Apple Car Play e Android Auto.

O que muda é o cluster , que ao invés do conta-giros, vemos o indicador de uso da energia que vai ao motor. Além disso, vemos acabamento diferenciado e uma roda seletora para o câmbio automático.

Apesar da quantidade menor de comandos no interior ante o Kwid a combustão — o que facilita o manuseio para os ocupantes — as reações do carro em curvas e frenagens são parecidas com seu “irmão” a combustão.

Trata-se de um carro ágil, com facilidade para gerir os limites do seu tamanho em espaços mais apertados e durante as manobras.

Entretanto, se supera por transmitir menos a sensação de letargia em curvas mais agressivas, quando comparamos com o “irmão” a combustão. Isso por conta do c entro de gravidade mais baixo e do melhor equilíbrio de peso , proporcionado pelo posicionamento das baterias.

Nos dias chuvosos que fizeram em nossos testes, pisar fundo no acelerador era sempre sinônimo de destracionar . Por conta desse torque adicional, as rodas do elétrico têm quatro furos (contra três do Kwid convencional).

Conclusão

Já é hora de comprar o primeiro carro elétrico ? Se você roda muito, ou se você tem uma empresa que necessita de redução nas emissões de CO2, a resposta é sim, para quem vos escreve.

Não há nada melhor do que deixar o carro carregando à noite, enquanto se dorme, em qualquer tomada comum, e acordar com ele podendo rodar mais de 300 km . E o quanto se economiza de custos com combustível (dentro desse cenário) justifica a diferença de preço.

Comparado a outros carros que também têm uma versão térmica e outra a combustão, o Kwid é um dos que menos se diferem, um do outro. Isso ajuda a simplificar a familiarização dos que nunca dirigiram um carro elétrico e é outro ponto positivo do carro.

Por outro lado, para quem roda dentro de uma média mais comum entre os paulistanos (cerca de 1000 km por mês), mais vale um Kwid a combustão, ou qualquer outro carro que também ofereça uma boa relação entre preço de mercado e consumo de combustível .

Isso porque, pelo preço de um Renault Kwid elétrico , compra-se um Duster 1.3 Iconic, que é a versão topo de linha. Isso quando não saímos do universo da marca, pois tem tantos carros de categorias superiores pelo mesmo preço…

Fonte: IG CARROS

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