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Compensa importar carros elétricos para driblar os preços elevados?

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Tesla Model S Plaid é um dos carros elétricos mais rápidos no mundo e não é oferecido oficialmente no Brasil
Divulgação/Tesla

Tesla Model S Plaid é um dos carros elétricos mais rápidos no mundo e não é oferecido oficialmente no Brasil

Muitos brasileiros possuem interesse em carros elétricos, porém, os preços altos e a falta de estrutura de recarga ainda afasta muitos compradores em potencial.

Visando driblar os altos preços por aqui, muitos compradores podem pensar em adquirir veículos de outros países, como por exemplo a China, onde há diversas opções de carros elétrico s, a preços bem atrativos e disponíveis em sites como Aliexpress.

Segundo Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que fornece soluções para o ecossistema de veículos elétricos, a diferença entre o valor de veículos elétricos entre o Brasil e outros países é devido às políticas de incentivo.

“Ainda estamos muito atrás na corrida pelo mercado de carros elétricos, enquanto países como a China se estabelecem no mercado, com políticas de incentivo. Podemos ver claramente esse cenário em números, no país asiático os eletrificados representam 24% de todos os automóveis no país, enquanto no Brasil essa porcentagem é de 2,4%”, declarou o executivo.

Um modelo que atrai atenção é o compacto Wuling NanoEV , da SAIC-General Motors, que pode ser encontrado por valores próximos aos US$ 3 mil, cerca de R$ 15 mil na conversão direta. Enquanto isso, o veículo mais barato no território nacional tem um valor acima dos R$ 120 mil.

Modelo é feito para duas pessoas apenas e tem autonomia de até 305 km e motor de 33 cv
Divulgação

Modelo é feito para duas pessoas apenas e tem autonomia de até 305 km e motor de 33 cv

“No Brasil temos todas as condições de estabelecermos uma produção nacional , desenvolvermos a estrutura e permitirmos que essa realidade chegue ao nosso mercado. Mas são necessários incentivos claros ao setor, algo que ainda não temos”, explica o executivo.

Entretanto, a importação não é tão simples , e é necessário ficar atento à legislação, como alerta Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em negócios internacionais e importação de veículos.

Para um veículo ser importado para o Brasil, é n ecessário que seja zero km e receberá os seguintes impostos: Imposto de Importação (35%), IPI (18,81%), PIS (2,62%), e COFINS (12,57%), além do ICMS, que é estadual.

“Existem formas de, no ato da importação, adquirirmos reduções de impostos. Algo que para o consumidor pode ser essencial, principalmente por se tratar de um bem de alto valor . Como é o caso do Ex-Tarifário. Nesse caso, temos até uma modalidade específica para automóveis montados com autonomia de, no mínimo, 80km”, explica Pizzamiglio.

Caoa Chery iCar é o elétrico mais em conta à venda no Brasil, a partir de R$ 149.990
Divulgação

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Além disso, é importante estar atento às permissões, ou dispensa delas, como é o caso da licença para uso da configuração de veículo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Porém, mesmo com a atenção em todos esses aspectos, Pizzamiglio explica que a melhor opção é recorrer a uma assessoria especializad a.

“É altamente recomendável uma assessoria em função da complexidade e valores envolvidos. Uma assessoria poderá enquadrar a operação de forma a gerar benefícios fiscais ao importador. Além disso, é essencial estar atento aos custos logísticos e benefícios fiscais , como de forma a reduzir os tributos”, explica.

Além disso, é importante ficar atento aos plugs de recarga do veículo já que na Ásia, há mais de um padrão de carregamento para os carros elétricos no continente. Há um padrão específico para a China, e um para o Japão.

Ainda é importante lembrar que o padrão de conexão nas tomadas domésticas chinesas é diferente do brasileiro, então caso o comprador pense em carregar o veículo em casa , terá problemas, ou irá necessitar de adaptadores.

Fonte: IG CARROS

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