Prefeitura investiga servidora que fez transferência bancária de quase R$ 60 mil para própria conta em Pardinho
A Prefeitura de Pardinho (SP) abriu um processo administrativo disciplinar para apurar a ação de uma servidora do Departamento Financeiro que transferiu R$ 60 mil dos cofres do município para a própria conta. A portaria que instaurou a investigação foi aberta no dia 23 de fevereiro.
De acordo com a funcionária, responsável pela tesouraria da administração municipal, a transferência, realizada no dia 30 de setembro de 2022, seria o pagamento de uma ação trabalhista que ela moveu contra a Prefeitura a respeito de férias acumuladas que não teria recebido. O processo foi julgado procedente pela Justiça.
No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região de Botucatu (SP) intimou, no dia 9 de fevereiro, a Câmara Municipal de Pardinho a tomar providências sobre a ocorrência no âmbito administrativo da Prefeitura.
Segundo o documento, a servidora teria feito a transferência para a própria conta corrente, no valor aproximado de R$ 58,6 mil referente à ação, “não obedecendo a ordem cronológica para pagamento”. A participação da própria reclamante na transferência caracteriza “conduta grave”, de acordo com a Juíza do TRT.
Ainda consta no despacho que todo o processo ocorreu sem manifestação de defesa por parte da Prefeitura de Pardinho, e que pagamento se deu mediante autorização de empenho. Todo pagamento feito por órgão público deve ser realizado mediante autorização do ordenador de despesa.
A Prefeitura nomeou, no dia 9 de fevereiro, uma Comissão Processante para investigar o caso.
Em nota, a defesa da funcionária negou que ela tenha realizado a transferência por conta própria. Disse que o procurador do município fez uma solicitação de pagamento diante da decisão da Justiça sobre a ação trabalhista e que essa requisição foi assinada pelo próprio prefeito de Pardinho, José Luiz Virginio dos Santos (Cidadania).
O advogado da Câmara Municipal disse que o pagamento foi realizado em desacordo com a lei, uma vez que a servidora sequer estava inscrita no procedimento de Requisição de Pequeno Valor (RPV), por meio do qual se solicita pagamento de quantias as quais entes públicos são condenados a pagar por meio de processos judiciais.
A servidora foi afastada das suas funções. Até a tarde desta quarta-feira (1º), o valor não havia sido devolvido aos cofres do município.
Do G1