Outros nove torcedores foram atendidos no Hospital Anjo Gabriel, mas já receberam alta por apresentarem lesões consideradas de menor gravidade.
Sete torcedores do Cruzeiro continuam internados em estado grave após uma emboscada violenta perpetrada por membros da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras. O ataque ocorreu no último domingo, 27, na Rodovia Fernão Dias, enquanto os torcedores do Cruzeiro retornavam de uma partida contra o Atlético Paranaense em Curitiba. Durante o confronto, um ônibus da Máfia Azul foi incendiado, resultando na morte de José Victor Miranda, de 30 anos, que morreu carbonizado.
Outros nove torcedores foram atendidos no Hospital Anjo Gabriel, mas já receberam alta por apresentarem lesões consideradas de menor gravidade. De acordo com a Prefeitura de Mairiporã, uma das vítimas foi transferida para um hospital particular, três foram encaminhadas à Santa Casa de São Paulo e uma está internada no Hospital Albano. Os dois últimos pacientes permanecem no Hospital Anjo Gabriel, aguardando cirurgia, mas sem complicações maiores.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que agentes apreenderam rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras no local do crime. O caso foi registrado na Delegacia de Mairiporã, onde os responsáveis responderão por homicídio, incêndio, associação criminosa e lesão corporal, além de tumulto e incitação à violência em eventos esportivos. Até o momento, ninguém foi preso.
Esse ataque foi descrito como resultado de uma vingança planejada durante dois anos. Em 2022, o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luis Sampaio, foi agredido por membros da Máfia Azul em uma rodovia em Minas Gerais, um incidente que se tornou amplamente divulgado nas redes sociais.
A tragédia destaca a urgência de medidas eficazes para garantir a segurança nos eventos esportivos e combater a violência entre torcidas, um problema que afeta não apenas os torcedores, mas também a sociedade como um todo. A comunidade esportiva clama por ações que promovam a paz e a convivência entre as torcidas.
Mancha Alviverde repudia violência e se dispõe a colaborar com investigações
Créditos: Reprodução de Vídeo
Na nota, publicada nas redes sociais, a direção da torcida se diz “injustiçada” pelo envolvimento de seu nome nas agressões, além de repudiar “com veemência tais atos de violência”.
“Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos.”
“A Mancha Alvi Verde repudia toda e qualquer forma de violência e reafirma seu comprometimento e compromisso com a segurança e a convivência pacífica entre torcedores. Estamos à disposição das autoridades para colaborar plenamente com as investigações, auxiliando na identificação e punição dos responsáveis por mais esse fatídico e lamentável episódio ocorrido na madrugada desse domingo”, encerra a nota.