Aliança Agrobrazil discute abertura comercial para produtos do agro
Brasília (19/10/2021) A Aliança AgroBrazil, grupo liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), se reuniu, na terça (19), para discutir o status da agenda de abertura comercial do Brasil e as perspectivas de futuros acordos
O vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, destacou que é necessário conquistar novos clientes no comércio internacional para escoar a produção agropecuária do Brasil .
“Temos que continuar buscando mais mercados, até porque vamos continuar crescendo, chegando a 300 milhões de toneladas de grãos nos próximos anos, e o mundo demanda, cada vez, produtos do agro brasileiro”.
A coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, Sueme Mori, explicou que o Brasil está com várias frentes de negociações abertas e prospectando outras para abertura comercial.
“É importante que esse processo seja transparente e que o setor pivado se engaje e trabalhe em parceia com o governo para que essa abertura atenda aos anseios das empresas e contribua para o fortalecimento do agro brasileiro.
A Coordenadora-geral de Negociações Comerciais Extrarregionais (CGNCE), Clarissa Nina, e o coordenador-Geral de Estatística e Análise Comercial do Ministério da Agricultura, Gustavo Cupertino, falaram sobre os acordos em fase finalização como o Mercosul – União Europeia, os que estão em andamento com Coreia do Sul, Canadá, Cingapura e Líbano e os que ainda se encontram em fase de diálogo como Indonésia e Vietnã.
“Estamos muito preocupados com essa necessidade de expansão de mercados para o agro brasileiro. Temos mesmo que focar na diversificação de mercados e de produtos da nossa pauta ”, afirmou Clarissa.
“Temos buscado marcos regulatórios que facilitem a atividade comercial, baseados em critérios científicos e na sustentabilidade”.
Ela frisou a importância do engajamento da CNA em debates sobre o tema, principalmente voltados à sustentabilidade e aos termos do Acordo de Paris que estarão no centro das negociações no próximo mês na Conferência do Clima (COP26).
Segundo Clarissa, algumas negociações do Mercosul devem ser concluídas em 2022. Em relação à Coreia do Sul, ela disse que ainda é necessário garantir espaço para produtos prioritários do agro como as proteínas animais.
A coordenadora de Negociações Comerciais ressaltou que, em relação a Cingapura, Líbano, Vietnã e Indonésia, estão acontecendo análises exploratórias desses mercados e conversas com outros países como Nigéria, Japão e Estados Unidos.
Gustavo Cupertino, do Mapa, afirmou que o ministério é favorável a acordos amplos. Ele ressaltou que as principais barreiras tarifárias no mundo, técnicas, sanitárias e fitossanitárias, estão no setor agropecuário e por isso é importante o Mercosul analisar as negociações para não fazer “acordos limitados ou muito específicos para não ser excluído das negociações”.
“Precisamos fazer aproximações que favoreçam as discussões e negociar acordos para a inserção de produtos com maior valor agregado”, acrescentou.
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