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Após cursos do SENAR MINAS, produtor monta laboratório de prova de café

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Após cursos do SENAR MINAS, produtor monta laboratório de prova de café


De zero a 200 cafés provados e classificados por ano. Essa é a história do cafeicultor Cleverson Daniel da Silva, que teve sua vida transformada após participar dos cursos de Classificação e Degustação de Café, Cafés Especiais e Torra, oferecidos pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES em parceria com o Sindicato Rural de Carmo de Minas. Em 2018, ele e a família montaram um laboratório de provas dentro do sítio para ajudar outros produtores a conhecerem melhor o próprio café.

O primeiro curso foi em 2015. Com as técnicas aprendidas no treinamento, ele começou a trabalhar em uma cooperativa no Sul de Minas, no setor de classificação e degustação. “O meu conhecimento sobre café era da porteira para dentro e o Sistema FAEMG/SENAR/INAES mudou isso. O curso não possibilitou somente aprendizado, ele também me proporcionou um novo emprego”.

O resultado logo apareceu. Ele levou os ensinamentos para o sítio Vargem Alegre e, junto com os pais, Sebastião Daniel da Silva e Ilda Candida da Silva, seu irmão, Eduardo Daniel da Silva, e sua esposa, Samanta Lima, ficou em 2º e 9º lugar no Cup of Excellence, o principal concurso de qualidade para café do mundo, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “Começamos a trabalhar na lavoura de forma mais seletiva, seguindo as orientações do instrutor. Logo no primeiro ano, conseguimos ocupar essas duas posições, com lotes diferentes na categoria Café Natural”.

Após cursos do SENAR MINAS, produtor monta laboratório de prova de café - SENAR MINAS

A propriedade fica em Cristina, a uma altitude de 1.381 metros e possui 2,5 hectares de produção. Na safra 2019/2020, a família colheu 100 sacas de cafés especiais, de 86 a 90 pontos. Nesta safra, a colheita ainda não foi finalizada. “Trazemos o café da lavoura e fazemos a parte de secagem, no pós-colheita. O produto vai para o benefício para tirarmos a casca. Fazemos o processo de rebenefício para preparar para exportação. Passamos pelas peneiras, verificamos a densidade, tiramos cascas, defeitos, cafés quebrados e impurezas e, depois disso, vai para a selecionadora eletrônica, onde são retirados os últimos defeitos do café. Depois, o produto é exportado”, detalhou.

Entre os serviços prestados no laboratório de provas, estão laudos, pontuação, liga para concursos e classificação. “Atualmente, atendemos cerca de 200 produtores de Minas Gerais por ano, e isso é graças ao Sistema FAEMG/SENAR/INAES. A ideia de montar o laboratório surgiu porque muitos produtores não conheciam o seu produto e o quanto isso poderia agregar”, contou.

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O instrutor Roberto Luiz Gregatti, explicou que, entre os temas abordados nos treinamentos, estão: como fazer um café de qualidade, quais os defeitos do produto e como os eliminar, como produzir um café especial e como a torra influencia na qualidade do café. “Os cursos se complementam. Em cada um deles, falamos de assuntos que agregam no produto. O Sistema FAEMG/SENAR/INAES foi a sementinha que transformou a vida deste produtor. Hoje, o laboratório é uma referência na região. Para nós, instrutores, isso não tem preço. O Sistema FAEMG/SENAR/INAES revoluciona vidas”.

“É gratificante ver esses resultados positivos e saber que houve uma transformação muito grande na vida da família” finalizou a mobilizadora do Sindicato Rural de Carmo de Minas e do Sindicato Rural de Cristina.

Fonte: CNA Brasil

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