CNA debate relação entre comércio internacional e meio ambiente
Brasília (30/10/2020) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (30), do 20º Seminário de Comércio Internacional, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (IBRAC).
A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, foi uma das palestrantes convidadas do quinto painel do evento, para falar sobre “Comércio internacional e meio ambiente: como criar um diálogo saudável entre as duas áreas”.
O debate foi moderado pela advogada Ana Caetano, do escritório Veirano Advogados, e contou com a participação do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embaixador Orlando Leite Ribeiro, e do coordenador e pesquisador do centro Insper Agro Global, Marcos Jank.
Em sua apresentação, Lígia afirmou que o meio ambiente se tornou um “driver” de inovação e geração de negócios. “Nos acordos comerciais entre Mercosul e Canadá e Mercosul e União Europeia, por exemplo, existem capítulos específicos que tratam do desenvolvimento sustentável”.
Segundo ela, o Brasil ganha muito destaque no mundo com relação ao tema ambiental, por ser o país com a maior florestal tropical. “Hoje o Brasil possui uma legislação ambiental bastante moderna e protetiva, mas existem algumas questões que precisam ser resolvidas”.
Durante o evento, a superintendente de Relações Internacionais da CNA mostrou preocupação com os padrões privados e as certificações externas, que têm excluído e onerado os pequenos e médios produtores brasileiros que exportam os produtos.
“Esses padrões não são negociados pelos Estados e muitas vezes não garantem um padrão de sustentabilidade maior do que já cobramos internamente. Precisamos de um sistema inclusivo e que conte com a perspectiva do produtor e não apenas do comprador”, explicou.
Outro ponto destacado pela representante da Confederação foi a importância de garantir renda para os produtores rurais. “Uma forma de gerar renda ao setor é fornecer Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Apenas 22% dos produtores brasileiros recebem essa capacitação. O melhor conhecimento, a melhor tecnologia precisam chegar cada vez mais aos produtores”.
Lígia citou o Projeto Agro.Br, um convênio entre a CNA e a Apex-Brasil voltado à internacionalização do agro brasileiro. “O projeto capacita e incentiva pequenos e médios produtores para inserção no mercado internacional, melhorando a competitividade dos produtos e gerando renda aos produtores”.
No debate, a representante da CNA disse ainda que o produtor rural é o grande pilar que liga o comércio internacional e o meio ambiente.
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