CNA participa de audiência pública sobre estatuto do Pantanal
Brasília/DF (09/10/20) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (9), de audiência pública promovida pela Comissão Temporária Externa do Senado para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios detectados no bioma Pantanal.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também participou da audiência para debater as contribuições dos vários setores na elaboração do Estatuto do Pantanal. A ministra e os especialistas destacaram a importância de se construir um plano de desenvolvimento para o Pantanal que contribua para manter as tradições e a ocupação sustentável da região.
“Temos que encontrar as causas dos incêndios para resolvê-las e ajudar o homem pantaneiro a continuar produzindo nas suas terras e preservando como fez todos esses anos. Precisamos criar políticas públicas, oferecer linhas de financiamentos e buscar alternativas para que o pantaneiro possa ter renda não só da pecuária de corte”, afirmou Tereza Cristina.
A ministra ressaltou que o Mapa está à disposição para dar subsídios a uma política de apoio ao Pantanal, “para evitar acidentes ambientais, mas também para um desenvolvimento sustentável e moderno da região”.
O consultor de meio ambiente da CNA, Rodrigo Justus, disse os produtores foram prejudicados e tiveram uma série de prejuízos com os incêndios que destruíram propriedades, lavouras e mataram animais. “Devido às secas e à própria força que a natureza impõe, a economia pantaneira acabou sendo reduzida e, hoje, o pantaneiro precisa ser socorrido para que essas tradições permaneçam e a ocupação continue.”
Justus afirmou ainda que as Federações de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e de Mato Grosso do Sul (Famasul) estão acompanhando as discussões e, assim como a CNA, estão à disposição para colaborar com a comissão.
“Temos a segurança de que tudo que se refere à realidade do Pantanal será considerado na construção das soluções para os problemas que estamos passando. Entendemos que deve ser construído um plano de desenvolvimento do Pantanal e que possamos nos programar para novos ciclos de cheias e incêndios conforme a previsão e recursos tecnológicos que possuímos”, afirmou Justus.
Nelson Filho, da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), reforçou o trabalho de preservação do pantaneiro e disse que é importante adotar na região a remuneração para quem conserva, com uma política de pagamentos por serviços ambientais semelhante ao que já foi feito para a Amazônia Legal, além de se criar um modelo de desenvolvimento sustentável que valorize a biodiversidade local e agregue valor aos produtos pantaneiros com indicação geográfica.
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