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Dia do Produtor Rural: Reinvenção, oportunidade e esperança marcam trajetória dos produtores rurais acreanos

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Dia do Produtor Rural: Reinvenção, oportunidade e esperança marcam trajetória dos produtores rurais acreanos


No mês de julho, mais precisamente no dia 28, celebra-se em todo o Brasil o dia do produtor rural, uma homenagem aos homens e mulheres rurais que trabalham incansavelmente para movimentar um setor indispensável ao desenvolvimento da nação brasileira: o agronegócio.

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Mesmo em meio à crise do coronavírus em 2020, de acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o setor fechou o ano com uma expansão recorde de 24,31% na comparação com 2019, apontando crescimento de 2,06% no Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio. Com o resultado, o agronegócio ampliou para 26,6% sua participação no PIB total do país no ano passado. Em 2019, este percentual foi de 20,5%.

Pensando na importância de celebração da data em homenagem aos produtores rurais acreanos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR – Acre) traz duas histórias de pessoas ligadas à instituição e ao agronegócio propriamente dito, mostrando como os caminhos da Regional Acreana do SENAR estão ligados aos homens e mulheres do campo no Estado.

“ME REINVENTEI NA PANDEMIA E NÃO PAREI MAIS”

Uma das principais ações do SENAR envolve a oferta de cursos de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS), além da realização de atividades dos Programas Especiais desenvolvidos em parceria com a diretoria nacional, em Brasília, e com a CNA. No primeiro semestre deste ano, já foram beneficiados mais de 440 homens e mulheres da zona rural nestas ações da Regional Acreana.           

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Produtora rural Aparecida Gonçalves do Nascimento. Foto: Reprodução

Como exemplo da transformação promovida por estas ofertas, temos a produtora rural Aparecida Gonçalves do Nascimento, moradora do município de Epitaciolândia. Dos seus 31 anos de idade, 10 foram investidos no trabalho do meio rural. Em 2014, Aparecida teve o primeiro contato com o SENAR – AC através do curso de Pintura em Tecido, que, segundo a mesma, foi “uma experiência única”.

“No total, já participei de seis cursos do SENAR ao longo dos últimos sete anos. Mas o principal deles, sem dúvida, foi o de Derivados do Leite (FPR). Para participar dele, que estava sendo realizado em uma comunidade vizinha à minha, tinha que percorrer diariamente mais de 20 km para chegar ao local do curso. Mas o esforço, olhando pra trás, valeu muito a pena. Graças ao SENAR, mudei totalmente a minha forma de trabalhar”, explicou Aparecida.    

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“Graças ao SENAR, mudei totalmente a minha forma de trabalhar”, explicou Aparecida. Foto: Reprodução

De acordo com a produtora, graças aos conhecimentos adquiridos no curso, ela conseguiu aprender a fazer o queijo do tipo mussarela, e daí em diante, novas oportunidades de empreendimento apareceram: “Hoje, quase toda minha produção de mussarela é para uma pizzaria no município. A renda, depois do curso, melhorou visivelmente. Aprendi também a empreender e calcular tudo que envolve minha produção. Só posso dizer que o curso foi bom pra mim e pra minha família. Minha renda, minha forma de trabalho com o queijo, tudo ficou mais viável e rentável para mim”.

No início da crise de Covid-19 no país, Aparecida – assim como milhares de produtores rurais – não perdeu o otimismo e buscou a reinvenção para não perder sua renda. “Quando veio a pandemia, eu também vendia meu queijo na feira de Epitaciolândia. No momento inicial dessa crise, a feira foi fechada para evitar aglomerações. Eu fiquei muito preocupada: como eu ia vender meu produto, que é o sustento da minha família? Peguei e comecei a divulgar o meu queijo nas redes sociais, incluindo WhatsApp, e comecei a fazer delivery dos meus produtos tomando todos os cuidados devidos (usando máscara e álcool em gel), e ainda continuo fazendo delivery, porque se mostrou uma oportunidade rentável. Me reinventei na pandemia e não parei mais”, afirmou a produtora rural.

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Produtora se diz orgulhosa por trabalhar no meio rural. Foto: Reprodução

Sobre a importância de fazer parte do setor do agronegócio, Aparecida destaca a atuação do SENAR – AC, e sobre como o meio rural movimenta o país: “A atuação do SENAR no Acre é de extrema importância. Não apenas eu, como vários produtores rurais são gratos por todas as oportunidades que nos foram dadas de melhorar nossa renda. Me sinto honrada por ser produtora rural, pois através deste trabalho atendemos a demanda da cidade. O mundo não gira sem o agronegócio, sem o meio rural. Me sinto importante por ser uma mulher da zona rural e fazer parte desse mundo, porque não existe satisfação maior do que um cliente elogiando meu produto”.

“DAR VALOR À MINHA RIQUEZA”

Nas ofertas do SENAR – AC, também está a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), responsável por levar uma metodologia de assistência técnica inovadora e gratuita aos produtores rurais beneficiados. Este ano, celebrou-se o encerramento do projeto Evolui Leite (2018 – 2020), parceria com o SEBRAE – AC que beneficiou mais de 60 produtores rurais da cadeia produtiva do leite em 10 municípios acreanos. Graças ao projeto, os produtores otimizaram suas propriedades, aplicaram as orientações dos técnicos de campo e passaram a ter uma visão voltada para a gestão empresarial e qualitativa das propriedades rurais.

Só no primeiro semestre de 2021, foram realizadas quase 2 mil visitas aos mais de 370 produtores rurais atendidos em cinco cadeias produtivas (mandiocultura, pecuária de corte, cafeicultura, piscicultura e fruticultura) pela ATeG do SENAR – AC, distribuídos nos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Sena Madureira, Bujari, Porto Acre, Acrelândia, Senador Guiomard, Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Capixaba. Entre eles, está o produtor rural Dorneles Silvestre da Silva Queiroz, residente da comunidade Caquetá, no município de Acrelândia.

Atualmente com 35 anos, Dorneles já atua na produção rural há 12 anos, e atualmente é beneficiado pela ATeG na cadeia produtiva da mandiocultura. “Quando a oferta de assistência técnica chegou pra mim, eu já havia iniciado a minha produção de um hectare de mandioca. Fico feliz por estar seguindo as orientações do técnico de campo e estar agregando valor à minha propriedade. Ela está se desenvolvendo muito mais do que eu esperava”, explicou Dorneles.

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Produtor rural Dorneles Silvestre da Silva Queiroz. Foto: Reprodução

Ainda sobre a ATeG, o produtor destaca que a oferta veio para ajudar a contornar diversas situações: “Um dos principais conhecimentos que ela me trouxe foi como dar valor à minha riqueza, que é a terra fértil, e também como mensurar o lucro e as perdas. A assistência técnica veio para isso: monitorar esses balanços e garantir que o produtor cresça em vários sentidos”.              

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Dorneles atualmente está sendo beneficiado pelo atendimento da ATeG Mandiocultura. Foto: Reprodução

Dorneles também já participou de outros cursos do SENAR – AC ao longo dos últimos 12 anos, incluindo o Negócio Certo Rural, e também foi aluno do Curso Técnico em Agronegócio, oferta educacional do SENAR para qualificar novos técnicos em agronegócio no Estado.

“O curso foi um presente de Deus pra mim, sou muito grato por ter participado. O SENAR esteve presente na minha vida pelos últimos 12 anos, e considero de suma importância para os produtores rurais, porque é uma entidade voltada ao conhecimento para melhorar as vidas dos homens e das mulheres do campo. Acredito que o SENAR não pode parar, pois existem muitas pessoas desassistidas de conhecimento e necessitadas de transformação”, declarou.

Fonte: CNA Brasil

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