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Pesquisa sugere cardápios forrageiros para o semiárido de Alagoas

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Pesquisa sugere cardápios forrageiros para o semiárido de Alagoas


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O programa Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável acaba de divulgar o Boletim Técnico 2020 da Unidade de Referência Tecnológica (URT) localizada no município de Batalha, em Alagoas. 

O objetivo do documento é fornecer informações que auxiliem o produtor rural a escolher as plantas forrageiras mais adequadas para o seu sistema de produção.

O boletim sugere um cardápio forrageiro elaborado a partir das características físicas e químicas do solo e da avaliação do clima durante os últimos dois anos. Leva em consideração a precipitação, temperatura e umidade relativa do ar, além do teor de água no solo. O cardápio engloba três elementos principais: reserva forrageira (silagem), área de pasto resistente à seca e poupança forrageira na forma de palma. A combinação pode conter, ainda, árvores que servem de alimento e sombra para os animais.

“A utilização do cardápio forrageiro traz como vantagens a ampliação da quantidade de forragem disponível na propriedade, fazendo o melhor aproveitamento da área; o aumento na qualidade da forragem por meio do uso de fontes ricas em proteína e materiais que mantém esse qualidade mesmo na época seca; e a redução de risco de perda de lavoura forrageira por ataques de pragas e doenças, diante da diversidade de épocas e tipos de cultivos”, explica a engenheira agrônoma do Senar Alagoas, Luana Torres.

“Aproveitar o melhor de cada grupo de plantas, cujas potencialidades se somam permitindo autonomia dos produtores no processo de produção do alimento é a contribuição mais relevante para viabilizar a pecuária em qualquer sistema de produção do semiárido, independentemente do tamanho da propriedade”, ressalta o responsável técnico pela URT de Batalha, Alexis Wanderley.

Cardápios forrageiros
Ao todo, 16 plantas foram testadas – seis para produção de silagem, outras seis para a implantação de pasto e quatro tipos de palma para poupança forrageira. Para os sistemas mais extensivos, em que a propriedade tem por base grandes áreas de pastagem e o foco é aumentar a produção do pasto, mas há pouca disponibilidade de área com condições ideais para plantio de forrageiras, ou o produtor não dispõe de recursos financeiros, maquinário e nem mão de obra suficiente para investir na produção de forragem, o estudo recomenda a utilização do Milheto BRS 1501 para silagem, Búfell Áridus para implantação de pasto e Orelha de Elefante Mexicana para poupança forrageira.

Para sistemas semi-intensivos, em que a propriedade realiza a manutenção do rebanho no pasto apenas no período chuvoso e faz o confinamento na estiagem, com alimentação do rebanho à base de silagem e fornecimento de palma forrageira no final da época seca, o boletim técnico recomenda a utilização de Sorgo Ponta Negra para silagem, Andropogon para pasto e Ipa Sertânia para poupança forrageira.

Já no caso dos sistemas intensivos, que utilizam o pasto, mas não dependem dele, pois são produzidos grandes volumes de silagem ou dispõe-se de um palmal extenso e adensado, o estudo recomenda a utilização de Milho BRS 2022 para silagem, Massai para pasto e palma Miúda para poupança forrageira.

Além das informações detalhadas sobre solo, clima e desempenho de todas as plantas testadas na URT de Batalha, o Boletim Técnico 2020 do Programa Forrageiras para o Semiárido traz orientações sobre preparo de solo, época de plantio, de colheita e tratos culturais, entre outras. Para acessar o documento na íntegra, clique aqui.

Aplicativo
O programa Forrageiras para o Semiárido é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – por meio do Instituto CNA – e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As pesquisas acontecem em 13 Unidades de Referência Tecnológicas distribuídas no semiárido Brasileiro, o que inclui todos os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.

Em Alagoas, o projeto conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal -, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – e do Governo do Estado, que cedeu uma área do Parque de Exposições Mair Amaral, em Batalha, para a realização das pesquisas.

O projeto avalia o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para recomendação de novas opções de fonte de alimento para os rebanhos. Além disso, oferece o aplicativo Orçamento Forrageiro, ferramenta móvel que auxilia o produtor no processo de planejamento alimentar dos recursos forrageiros dos diversos sistemas de produção. O aplicativo está disponível nas plataformas Android e IOS.

Fonte: CNA Brasil

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