Piscicultor de Matinha alavanca produção depois da Assistência Técnica e Gerencial do Senar
Desde 2020 de onde passou a receber Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar dentro do programa AgroNordeste (Sebrae), o seu Raimundo Mendonça não cabe em si de tanta felicidade. Morador do povoado São José de Bruno (Matinha), ele desenvolve projeto de piscicultura desde esse ano, quando deixou de ser empregado e passou a cuidar do seu próprio negócio.
Antes de trabalhar com a
produção de peixes, ele investiu no cultivo de hortaliças, milho, feijão e mandioca, visando o mercado local e também a participação no PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), em seu município.
Com a experiência de empreender com produtos da sua própria fazenda, ele partiu para um projeto mais ousado, e avançou com a instalação de três tanques para criatórios de peixes, explorando os mais vendáveis na região. Atualmente, ele possui 8 tanques em exploração, abrangendo uma área de XXXX hectares.
Com o filho Raimundo Junior, ‘seu Mundico’, como é conhecido, trabalha atualmente com as espécies: tambatinga, piau e curimatá, e possui atualmente 8 tanques, tendo chegado a essa quantidade só nos últimos cinco anos. O produtor rural participa do AgroNordeste, onde é atendido por uma equipe do Senar, formada por técnico de campo, supervisor e coordenador, que aplicam e acompanham, as tecnologias essenciais para o progresso da piscicultura na propriedade.
Ele revela que antes da assistência do Senar a sua produção média era de 4,7 toneladas de peixe. Já no primeiro ano de ATeG (2020), subiu para 20 toneladas, e com previsão para produzir até o final deste ano 35 toneladas. Com o aumento da produtividade, ele passou a atender os grandes supermercados da região.
“A minha vida mudou depois que o Senar chegou aqui e trouxe conhecimento”, disse o piscicultor, em recente visita do presidente do sistema Faema/Senar, do superintendente Luiz Figueiredo, acompanhado pelo coordenador de campo Edvaldo Amorim, e o supervisor Francisco Chagas e o técnico de campo Luís Otávio.
De acordo com o técnico de campo, Luís Otávio, com a entrada do Senar na propriedade de seu ‘Mundico’, ele logo se motivou, deixando de lado os prejuízos que haviam ocorridos recentemente.
“Começamos a nos organizar, avançamos e conseguimos uma grande produção logo no primeiro ano. O produtor ficou mais participativo e com acompanhamento técnico, ele deu mais atenção ao criatório de peixe. A aceitação foi imediata, porque ele sabe trabalhar na produção de peixes. Porém, estava ainda estagnado em alguns problemas simples da propriedade. E, com o acompanhamento periódico, houve uma grande mudança de atitude”, destacou o engenheiro de Pesca Otávio.
De acordo com o Superintendente do Senar Luiz Figueirêdo, “A nossa satisfação é grande em saber que com o trabalho do Senar estamos modificando, para melhor, a vida dos nossos piscicultores”.
Conforme o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e do Senar, Raimundo Coelho, “São exemplos como este de Raimundo Mendonça, que nos dá ânimo para continuar nesse trabalho de apoio institucional, trazendo para esse público a expertise do Senar para produzir, e do Sebrae para comercializar o resultado da produção. É importante conjugar esses esforços, que se traduzem em melhoria de renda para o nosso piscicultor”, esclareceu Coelho.
AgroNordeste.
O programa é liderado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), desenvolvido em parceria com órgãos vinculados à pasta e instituições como Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco do Brasil.
O AgroNordeste é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas que ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Entre outros objetivos do programa estão: Aumentar a cobertura da assistência técnica, ampliar o acesso e diversificar mercados, promover e fortalecer a organização dos produtores, garantir segurança hídrica e desenvolver produtos com qualidade e valor agregado.